domingo, 13 de dezembro de 2009

ensino médio.

os elementos que me transformaram.



As coisas acontecem de uma maneira muita rápida, ontem eu estava dançando quadrilha na pré-escola e hoje eu estou aqui lembrando de tudo o que já fiz, todas as escolas que passei e todos os amigos que conquistei. E sabe, nada se compara ao ensino médio.

Os amigos que conquistei os professores maravilhosos que tive, as melhores risadas, melhores lembranças, acordar durante três anos as 5h30 colocar uma das minhas roupas estranhas e ir para a sala amarela com a porta azul só para rir, sentir aquela sensação boa dentro de mim e às vezes, aprender alguma coisa como cossenos e senos e tangentes.

Todos vocês sabem como eu sou um monstrinho, que não sabe expressar sentimentos como qualquer outra pessoa normal mais sabe, eu amo vocês, eu amo a Gabii Grana, a Jê, o Gordo, a Rox, a Gabi Sazi e a Mika, amo todos vocês, da mesma maneira. Vocês são os amigos perfeitos, que juntos formam essa coisa fodástica que nós somos. Vocês são o elemento que transforma, vocês me transformaram de maneiras inacreditáveis, aprendi a não julgar pela aparência, a ser mais paciente, não me preocupar tanto com problemas familiares, a conviver sem frescuras aceitando cada um do jeito que é. Se hoje eu me sinto uma pessoa melhor, mais feliz e completa, você fizeram grande parte nisso, e sabe, obrigada por isso, mesmo. Vocês são pessoas maravilhosas, que vão crescer, não apenas financeiramente mais em todos os sentidos, vocês serão felizes e irão transformar muitas pessoas por ai.

Eu vou ficar bem, vou continuar a sorrir todos os meus sorrisos e vou lembrar de tudo, pra sempre, do E que me seguiu por três anos, da professora Olívia que passava textos enormes tudo de cabeça, sem copiar de nenhum livro/revista, de todos os desentendimentos, de todas as apresentações de trabalho, da professora Susete e seu varal de bolinhas fechadas e ou abertas, do professor Caio com quem eu tive as maiores conversas sobre histórias em quadrinhos, “(...)do Duh que vai ficar pra sempre dentro de nós por ser tão engraçado e zoar tanto a nossa diva eterna Heytor. Vou me lembrar que o professor Rubens é fã enlouquecido do Paul McCartney e que o professor de inglês, o Marcelo tem a risada mais engraçada de todos os tempos, das roupas extravagantes da Maria Helena, de todas as minhas notas vermelhas, de todas as nossas piadas infames, de todas as nossas imitações pra lá de ruins, de todas as risadas escandalosas, de todas as nossas manhãs, de todas as estórias, segredos, trabalhos, dança de Hot n’ Cold, da Gabii Grana imitando o Vinicius, da Jê dormindo sempre, do Gordo falando da Dulce Maria e rainhas derivadas, da Mika encenando suas noites de baladas, da Rox rindo e suas calças coloridas e da Gabi Sazi idolatrando a USP. Nunca vou me esquecer dos gritos, dos nossos abraços, das coisinhas irritantes como PIIIITTTYYYY SOU SUA FÃ, do nosso amigo secreto, das festinhas surpresas, da única vez que fomos parar na diretoria, do “CALA A BOCA”, do “Ai Gordo, como você é ingênuo”, conversas infinitas sobre nossas famílias, crepúsculo, filmes e música. Da nossa formatura, da rodinha regada de lágrimas ao som de “I gotta feeling” e de como eu me senti completa quando estava com vocês.

Me arrependo de não ter dito a todos vocês o quanto eu os amo, sabe, por mais estranha e fria que eu seja, eu amo vocês e nós somos o elemento que transforma.

Eu amo vocês, e sentirei saudades todos os dias.

“Let's paint the town

Monday, tuesday wednesday and thursday.Friday, saturday,saturday and sunday. Get get get get get with us u know what we say party everyday”


Ps da narradora:

A estranha aqui ama vocês, e pra sempre vou lembrar desses nossos dias, pra sempre. PARTY EVERYDAY FOREVER

[14h57, ouvindo a bendita música que nos marcou esse ano, querendo chorar mais uma vez, unhas vermelhas, logo mais comprar o presente do amigo secreto e é isso ai.]

stay beautiful.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

so tired.

cansada do romance, do drama,da minha amargura e de todas essas merdas ai.

Estou cansada de todo esse romance, de todas essas palavras que carregam esse exagero todo, acho que na verdade estou virando uma pessoa amarga. Eu no auge dos meus 17 anos, auge do meu final de ano,escola e afins, me encontro em um terrível dilema de agüentar todas essas palavras bonitas quando na verdade não tenho certeza se quero ouvi-las.

Tenho medo de que se continuar com essa linha de pensamento chegue aos 22 anos e aja como a Lily Allen no clipe da musica [22],sabe? Olhos com maquiagem borrada, cabelos bagunçados, lutando por um lugar no espelho, dançando com aquele que será apenas mais um na infinita lista de “não deu certo,me desculpe”. Sabe, não é inveja, poxa vida, não sou tão filha da puta mais é que certas coisas me irritam, talvez, seja dor de cotovelo,talvez não. Eu fico feliz ao ouvir essas estórias de amor, por exemplo, da minha amiga que namora esse cara há dois anos, e ficaram no protocolo de olhares,risadinhas,conversas e nada de beijo até ele criar coragem, respirar fundo e pedir pra namorá-la e só ai, dar o primeiro beijo deles. Esse tipo de coisa ainda me emociona, existe o romance ainda, mesmo que seja o primeiro e ultimo que ela vá viver, sabe, é um romance,puro amor verdadeiro, sem esse papo de “casado(a)” no orkut, ou depoimentos que repetem “você é a minha vida agora, “meu amor”, “sem você minha vida não tem sentido”, e contam que já sonham com os filhos e que a imagem do filho se projeta em um cachorro ou bicho de pelúcia. Isso me irrita porque não soa verdadeiro, não soa como o que o amor deve ser,sabe isso é coisa passageira, e é desse tipo de romance que estou me enojando. But this is only my opinion.

Sou fresca, auto critica, não gosto de abraços e muito menos falar “eu te amo” quando não amo a pessoa, podem me chamar de fria e seca, vão em frente, sou isso mesmo. E sei disso. Mais não me orgulho. Acho que se tivesse dito alguns “eu te amo” não estaria recolhendo alguns cacos meus por ai, se tivesse sido mais leve, mais “fácil” as coisas teriam sido mais bacanas pro meu lado. Ou talvez não, talvez eram todos uns filhos da puta que me transformaram nessa coisa perversa, sim, eu sou perversa, tudo me cansa, qualquer garoto se torna repetitivo e dizer que me acha linda e dizer “eu te amo” todos os dias não ira mudar isso.

Enquanto não encontrar o garoto certo, a porra do romance ideal que me fará andar pelas ruas com um sorriso idiota no rosto, dormir suspirando e acordar rindo as coisas continuaram assim por aqui. Essa é a porra da verdade. Desculpe mãe mais sua filha não ira namorar tão cedo assim, nem trazer um cara para almoçar aqui em casa, ainda não me vejo fazendo essas coisas, não apareceu esse ser tão magnífico que me fez dizer “eu te amo” sem arrependimento, colocar “casada” no orkut com apenas 1 semana de namora/pegação, e até pegar meu bichinho de pelúcia e fazê-lo de meu filho. Serio,não riam, as pessoas fazem isso e eu ainda não cai nisso. Mais espero cair (AHA!)-brincadeirinha!

Sei lá, acho que eu realmente não sei o que é amor, pessoas conseguem namorar sem nunca se tocarem, apenas se vendo pela webcam, não sou tão forte pra esse tipo de romance, eu sou mais das antigas, eu acho. Quero um amor pra pegar na mao, sentir seu hálito no meu rosto, seus dedos acariciando minhas costas,que me proponha o namoro depois de um mês juntos, depois de nos conhecermos e não pelo impulso, não pela vontade de colocar “casado(a)” no orkut logo. Quero um romance igual ao da minha professora de geografia, filhos, cachorros, beijinho tímido ao sair do carro e casamento que já dura 33 anos. Quero um primeiro e ultimo romance, como na musica do Los Hermanos, como as musicas do Roberto Carlos, como “Birds” da Kate Nash,” There is a light that never goes out” do Smiths e aquela do Stevie Wonder I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever)”. Romances como Edward e Bella, Summer e Tom, Joel e Clementine, Harry e Gina, Rob e Laura, Paul e Janne, Cash e June, Amélie e Nino, Jack e Sally, Rony e Hermione, Paul e Linda, Satine e Christian, Elizabeth e Mr.Darcy, Wall-e e Eve, Anakin e Padmé,T.R. Devlin e Alicia, Mary e Jim,Sméagol e o Um Anel

Serio, essas musicas são verdadeiras,esses amores fictícios, esses amores fodasticos existem de alguma forma e estão por ai em algum lugar, me esperando. (assim eu acho).

Por ora, eu fico aqui lendo/ouvindo/vendo e acreditando em todos esses “eu te amo”, “você é minha vida”, me tornando um “conceito” e ajudando esses garotos e ajudando a mim mesma, porque no final das contas a gente sempre aprende alguma merda. E isso é verdade.

Do mais, vou continuar me encantando por esse cara que mora lá no quinto dos infernos, chorando por todos os outros que me largaram,rindo da cara de todos que eu larguei e me forçando a lembrar os nomes dos outros por ai, sim, sou malvada e posso parecer, de acordo com um amigo meu “uma garota malvada, que rouba os corações dos garotinhos, sem piedade”. Uma cleptomaníaca de corações, roubando a mim mesma. It’s the fucking truth.

E que continue o show, sem medo algum, esperando essa merda de romance verdadeiro acontecer.

E realmente não sei se estou mais para Summer ou Tom,Joel ou Clementine ,Sind ou Nancy.

Ps da narradora:

Dramático? Exagerado? Uma merda? Foda-se HAUAHUAH. To ouvindo Peter Doherty e sabe, ele desafina pra cacete mais eu gosto dele e do chapéu dele. E não me venha com “eu te amo” agora e nem “meu amor, você é minha vida agora,vou te amar pra sempre” serio. To amarga pra cacete. E eu casaria com o Rob Fleming,mesmo ele sendo pobre e mais amargo que eu. Formaríamos um belo casal.

Stay beautiful.

[22h33, cabelos presos, unhas sem esmalte, preguiça, vontade de ler e dançar sozinha no quarto.enjoada de todos esses “eu te amo”, depoimentos sem nexo algum que causam dor de cotovelo e coca-cola. Relevem, hoje é quarta-feira e eu simplesmente não presto nesse dia.]

No wmp: Peter Doherty and Keane_Karma Chameleon.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

I don't know.


“(...) Pareceríamos até um casal feliz. Falaremos de cinema quando não tivermos mais assunto. Viveremos no nosso mundo particular. Eu sempre estarei pronta para corrigi-lo, ampará-lo e seguir em frente. Como um poema marginal. Sofreremos se for inevitável. Mas juntos. Choraremos se a dor for insuportável. Mas juntos. Andaremos ombro a ombro pelas ruas. Enxugaremos as lágrimas um do outro. Nos defenderemos de tudo e de todos. Sobreviveremos. Em nome das belas coisas, do que nos dói e redime, escolheremos a cumplicidade como a nossa cura. Então continuaremos. Ninguém será mais maltratado pela vida. Nós enfrentaremos. Mesmo que o nosso destino seja a mais completa derrota,manteremos intacta a nossa dignidade. Iremos à luta. A partir de hoje, seremos nós contra o mundo. E não nos importaremos com o resultado.”

Do livro “GO” de Nick Farewell, com as algumas adaptações.

Sabe, eu continuo não acreditando em amor à primeira vista, mas continuo acreditando que destino é o que nos move, que eu vou sempre me apaixonar pelo primeiro garoto que gostar das mesmas bandas,filmes,livros e esquisitices que eu, que meu coração nunca terá batidas perfeitas, sempre o descompasso de algo novo acontecendo, sempre o sangue renovando, sempre um novo ar, sempre dormir suspirando e acordar sorrindo. Acredito que a distância dói, e mesmo não gostando de abraços, eu sempre vou sentir necessidade de receber um, acredito que pessoas podem se encantar uma pelas outras em apenas uma troca de palavras e que se um dia você ouvir um “eu te amo” meu, pode ter certeza que é verdadeiro.

Acredito que lá do outro lado ele pode estar dando aquele sorriso galante dele, mexendo nos cabelos, que estar separada por quilômetros dele será um pesadelo, que meu corpo vai doer, que pensarei nele todos os dias;quando alguém falar de twilight e quando ouvir death cab for cutie, que ele estará perto de mim de alguma forma e que seremos felizes,”seremos nós contra o mundo. E não nos importaremos com o resultado”.

ps da narradora:

escolhi uma música pra resumir tudo isso;eu,você,o mundo,tudo.

http://letras.terra.com.br/lisa-hannigan/1354389/

[12h18, ouvindo lisa hannigan, cabelos soltos, óculos de grau, unhas vermelhas, preguiça, estresse, precisa de férias, dona Pripripri.]

stay beautiful.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

procura-se

o garoto imperfeito dos meus sonhos.

Um garoto que me deixe ficar nas pontas do pé para encontrar seu rosto, seu sorriso, seus lábios, a minha felicidade. Que goste da minha risada e meu cabelo repicado, das minhas unhas pintadas de vermelho, das minhas conversas sobre livros, filmes, minha família, meus dias tão banais. Que goste de ir ao cinema ver os filmes que me farão chorar, dividir a conta do restaurante, dividir um Milk-shake de ovomaltine mesmo que não seja seu preferido. Que goste das minhas pernas finas, dos meus dentes tortos, de ficar deitado na cama em um dia de domingo morrendo de preguiça comigo, que ache graça no meu fanatismo por coisas superficiais, que ache minha mãe super descolada e meu tio o cara mais legal de todos por gostar de The Smiths e Los Hermanos. Que goste de todas as minhas amigas e tivesse ciúmes dos meu amigos- mesmo os achando bacanas, que fosse a praia comigo e bebesse todas as caipirinhas de saquê possíveis, que dançasse comigo ou tirasse sarro quando eu estivesse tropeçando nos próprios pés por usar Havaianas.

Que ache a comida da minha vó mais gostosa do que a da sua mãe, que adore meus óculos de sol, minhas calças jeans, meus vestidos e tênis, meu humor seco de quartas-feiras, minhas ironia, minhas músicas preferidas, elogiasse meu gosto para filmes, que ria até chorar com meus gritos pelo Rob Pattinson e Johnny Depp, que me acompanhe até o ponto de ônibus e faça cara de triste porque estou entrando no ônibus.

Que ligue pra saber da minha saúde, da minha escola, das minhas banalidades, que não goste dos meus palavrões mais que goste do meu sorriso forjado. Que ande de mãos dadas comigo pra todo lugar, que me compre livros, que roube palavras de algumas músicas e escreva em um cartão pra mim, que me olhe nos olhos enquanto conto minhas fantasias, que adore meu jeito desbocado, minha sinceridade na relação a dois, que sinta raiva de todos os que me fizeram sofrer, que me abrace quando eu estiver perdida, que me faça assistir filmes do Freddy Krueger só pra me ver morrendo de medo e deitar minha cabeça em seu colo me protegendo do medo.

Que me apresente todos seus amigos, família, animais, lugares preferidos. Me faça ouvir suas músicas, ler seus livros, ver seus filmes e até assistir futebol. Que me ajude a te ajudar, que peça minha opinião nas suas coisas, que goste da minha mania de morder os lábios, passar a mão nos cabelos, do meu jeito de acariciar seus cabelos e de te olhar dormindo. Que me coloque na cama quando eu tiver um dia difícil, que me coloque na cama pra dormir ao seu lado, sem medo, só felicidade. Que se sinta á vontade comigo, que possa sorrir todos seus sorrisos, contar todas as suas banalidades enquanto tomamos um café, seus segredos e fantasias, suas piadas, que possa cantar desafinado a música que mais gostamos, que escolha uma música para nós, um lugar, um filme, um livro.

Que me ache imperfeita, baixinha demais, viciada demais em paçoquinha e cerveja, faladeira demais, escandalosa demais, retro demais, nova demais, velha demais, imatura demais, preguiçosa demais, chata demais e boba demais. E que mesmo me achando imperfeita, me ache perfeita para nós dois, para passar algumas horas juntos, dias, meses, anos, estórias juntos.

Se você estiver por aí, entre em contato.

Ps da narradora:

É a velha história do: “se você é um pássaro, então eu sou uma pássaro também”. Se você é minha outra parte, eu sou sua outra parte também. Amor recíproco, felicidade igual.

[20h25, ouvindo trilha sonora de 500 days of Summer, milhões de coisas a fazer, 5 meses para 18 anos, o mundo gira, calor danado, procurando um garoto.]

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

shooting the moon

Or shooting the life, the sky, the smile.

Juro que depois de exatos 4 meses consegui ouvir Coldplay, você acredita? É, ouvi a música que me lembrava você “Shiver” e “Don’t Panic” a música que me lembrava nós dois no seu carro conversando sobre nossos dias extremamente banais. Criei coragem, coloquei o cd do Coldplay e tudo começou, lembrei de tudo, nossos momentos bons e nossos momentos ruins, porque você sabe, tudo na vida são duas medidas, bem e mal, doce e amargo, eu e você.

Por um momento eu esperei a tristeza tomar conta de mim, na verdade eu desejei que a tristeza tomasse conta de mim por pelo menos 5 minutos, porque eu vim me privando dessa tristeza todos esses meses, sempre colocando um sorriso, vestindo minha melhor roupa, ouvindo a música mais animada e ouvindo piadinhas enquanto via você. A tristeza não veio. E eu não reclamei, acho que só queria depois de todos esses dias, horas, minutos e segundos lembrar de você, sentir saudade de você e admitir que eu gostava de você, gostava mesmo e nem me pergunte o motivo, acho que é porque somos diferentes e de alguma forma doce e amargo se encontraram como naquelas balas que são amargas e depois ficam doces, acho que somos assim e por isso gostei de você, eu gosto dessas balas que trazem o amargo e o doce, são minhas preferidas. Você era o meu preferido.

Não, não me arrependo de ter ficado com você, nem de ter agüentado todos os olhares em cima de mim “poxa, você está com ele?! vocês? Sério?!”, de ter feito coisas que não faria com outro, nem de ter entrado no msn todos os dias depois das 20h00 só pra falar com você (nem que fosse pra brigarmos), nem de ir no cinema ver os filmes mais chatos e ver você dormindo ao meu lado e nem de ter ficado até sei lá que horas da madrugada apenas fazendo nada com você.

Lendo isso parece que eu ainda gosto de você,né?! Mais não, tudo terminou de uma forma estranha demais e por incrível que pareça eu não gostei do amargo que senti descendo pela minha garganta mais sabe, acho que isso foi bom. Sempre acreditei que nada na vida acontece por acaso, você não aconteceu por acaso, nosso primeiro beijo dentro do seu carro não foi por acaso nem nosso fim...Se estivéssemos empurrando nossa relação com a barriga, eu provavelmente não teria ido e feito inúmeras coisas bacanas, conhecido novas pessoas, ter conhecido o ex de 19 anos e sabe, isso foi o mais importante. Se eu estivesse com você, eu não teria conhecido o ex de 19 anos, não iria querer namorar e aprender a lição mais doce dos meus quase 18 anos: eu não sirvo pra namorar, pra relacionamentos sérios e sabe por quê? Porque eu nunca gostei de ninguém que me fizesse servir pra isso, ninguém que me fizesse sentir saudades todos os dias e mostrasse com o maior sorriso do mundo que eu estava amando. Você não era essa pessoa, nem o ex de 19 anos, ainda não apareceu ninguém aqui em casa que me fizesse sentir isso.

Eu vou lembrar de você, sempre mesmo, por mais que o cd do Coldplay volte pro porta cd e nunca mais seja tocado, você existirá aqui dentro, suas digitais estarão marcadas no meu dvd do Keane e eu não me importo. Você me fez sofrer, claro que fez, eu sou muito mais que você (é o que me dizem “você é muito pra esses garotos”) mais eu não me importo, eu não gosto mais de você...mais tenho você pra sempre na minha vida.

Por enquanto eu fico aqui no meio da estrada, rindo com todos os meus amigos, tendo casos ali e aqui, perdendo o fôlego com atores de cinema, chorando horrores assistindo filmes que mostrem tanto a minha vida e lembrando de você.

Eu estou no meio da estrada, dando tiros na Lua, no céu, em sorrisos e na vida enquanto espero alguém que complete minhas maluquices aparecer e me levar pro resto da minha vida.

ps da narradora:

meu namoro mais longo: 2 semanas.

[ 20h44: conversas avulsas no msn, apostilas abertas, gripe do inferno, new moon soundtrack]

Stay beautiful.

Shooting the moon_ok go

domingo, 11 de outubro de 2009

sonho I

ou apenas The Strokes.

Na pequena pista de dança com as luzes piscando sem parar, ela virou para uma amiga e disse:

-Se tocar Strokes hoje eu bebo 5 doses de tequila.- A amiga, claro, riu dela duvidando da sua promessa de tequila. Quando “Heads Will roll” terminou, ela sorriu para a amiga e aguardaram o começo da nova música e então, a guitarra e a bateria irreconhecíveis de “The end has no end” começaram a ressoar, ela sorriu e se jogou na pista, balançando os braços no ar, fazendo uma dança com os pés que só ela sabia fazer e cantando bem alto, pra todos ouvirem sua voz no meio daquele barulho: "Can't you find some other guy? oh no!” .

Do outro lado da pista, encostado no balcão ele a encarava, observando cada movimento dela, vendo ela cantar muito alto e se encantando pela beleza que emanava dela. Do outro lado da pista ele se encontrava pra provar a ela que ela poderia encontrar outro garoto sim.

Planejou uma conversa mentalmente com ela e quando caiu em si, a música já tinha acabado e ela acompanhada de outra amiga vinha em sua direção, acendeu um cigarro e sorriu pra ela mais ela passou reto pelo sorriso e foi em direção ao barman pedindo 5 doses de tequila.

- 5 doses de tequila?- o barman indagou abismado. - e só pra você menina?! Tu é doida ou quer sair daqui morta?- ela riu e respondeu gentilmente.

- Tudo por Strokes, tudo por Strokes.- o barman riu com aquilo e foi preparando suas doses de tequila. Enquanto ela esperava se virou para a pista, começou a cantarolar a música que tocava e ao olhar pro lado enquanto cantarolava percebeu que a sua amiga não estava mais ali ao seu lado e sim desentupindo a boca de um garoto bem novinho aparentemente, deu de ombros e se virou para o balcão.

Ele a encarava sem ela perceber, se sentia nervoso porque nunca se interessava por garotas como ela, mais ela tinha algo diferente, aquela alegria de ouvir Strokes e dançar com os olhos fechados não se importando com o resto, aquilo realmente chamou a atenção dele, porque todas ali eram iguais, ouviam The Killers e gritavam “Aaaaah Killers”, ouviam Muse e “Aaaaah Muse”, ouviam Pixies e “Nossa que foda!Pixies” mais ela não, ela não gritou The Strokes, ela cantou bem alto e sorriu, o tipo de sorriso que ele gostava.

E então, ela se virou e o viu ali a encarando descaradamente.

Ao se virar para o balcão seus olhos acabaram encontrando algo, ou alguém, alguém que a encarava. Alguém com cabelos castanhos bagunçados, jaqueta de couro preta, all star, calça jeans clara e um cigarro acesso intocado na mão. Alguém com um olhar diferente. Ela acabou sorrindo com o pensamento idiota “olhar diferente” e viu ele sorrindo pra ela. Ficou presa ao sorriso e ouviu lá no fundo alguém falando algo sobre tequla. “Ah não! Não posso me mostrar uma bêbada pra ele, merda”.

- Guria, tuas doses de tequila- ela se virou sem graça para o barman e agradeceu. Olhou para o cara que a encarava e notou que ele tinha se aproximado dela e ainda a encarava. Ela tomou a primeira dose, a segunda dose, a terceira dose e sacudiu a cabeça e o ouviu rindo, tomou a quarta dose e com muito sacrifício tomou a quinta, batendo o copo no balcão mostrando a sua bravura.

Ele riu quando ela bateu o copo no balcão, se aproximou mais dela que o encarava com um sorriso brincando nos lábios, abriu a boca pra falar mais sentiu uma ardência nos dedos da mão esquerda.

- Ai cacete!- foi o que ele pronunciou jogando a bituca do cigarro intocado fora- Maldito cigarro- ele completou, esfregando os dedos na jaqueta. E ouviu a risada dela. - Ta rindo de mim,é?!

-Tô sim, nunca vi alguém acender um cigarro, não fumá-lo e queimar os dedos com ele. - ela riu mais um pouco, flertando é claro.

- Eu tava distraído- ele a encarou, vendo claramente as feições dela, cabelos não muito curtos castanhos, a franja clássica, all star, calça jeans escura e uma camiseta é claro dos Strokes. E os olhos castanhos claros dela carregavam um brilho.- Quase que enfeitiçado.- ele sorriu. Ela quase desmaiou.

- Enfeitiçado? – ela deu mais um passo se aproximando dele. Ele foi mais rápido e chegou mais perto dela, sentindo o hálito de tequila no seu rosto. “sem rodeios”, ele pensou.

- Que gosto tem a tequila nos seus lábios?- ela sentiu o hálito de cigarro no seu rosto e não se incomodou com isso.

-Não sei, prova.- e sem esperar, ele colou o corpo dele no dela e se beijaram. E quase como que mágica ou apenas confusão The Strokes começou a tocar de novo. Calma, eu explico: o DJ confundiu sua set list e pensou que não tinha tocado The end has no end ainda, repetiu a música, a galera não reclamou, então, estava tudo certo.

Ela sorria mentalmente de olhos fechados, ele, Strokes e tequila. Só podia ser sonho, o trouxe para mais perto dela e prolongou o beijo deles.

Abriu os olhos, tinha sido um sonho.






A música tocava ainda. E alto.

Não tinha sonhado.

Ela podia sentir o gosto de cigarros na sua boca e o viu sorrindo para ela.

Ás vezes as coisas mais perfeitas duram uma vida inteira, 3 anos, 26 anos, uma viagem de ônibus, 45 minutos ou apenas uma noite. Às vezes pode-se encontrar alguém que você precisa em 3 anos, 40 segundos, numa noite ou no decorrer de uma música.

Ela encontrou em uma música. E melhor, em uma música do Strokes banhada de 5 doses de tequila.







Um ps da narradora:

você sabe que é pra você,minha melhor amiga, irmã mais velha, madrinha dos meus filhos, madrinha do meu casamento, a amiga que espera meus 18 anos, a causadora de muitas risadas. a melhor amiga que eu encontrei na minha vida.a amiga que sempre será lembrada quando The Strokes tocar em algum lugar, sempre mesmo.


[semana incrível, relacionamento no orkut alterado e muitas risadas nesse domingo com sol, graças!]


ouvindo: the strokes_the end has no end/yeah yeah yeahs_heads will roll/


domingo, 4 de outubro de 2009

domingo II

Domingos nunca caem bem, pois é o dia anterior a segunda-feira, as pessoas vão trabalhar, vão estudar, vão encarar problemas, escutar a mesma ladainha, pegar ônibus cheio, enfrentar o transito, metrô lotado, passar frio porque não colocaram muitas blusas ou passar calor porque colocaram muitas blusas. Mais por um lado domingo tem gosto de nostalgia, de ressaca, de família assistindo jogo de futebol, de pizza requentada, de conversas no msn, de romances lidos no quarto, de casais andando de mãos dadas no shopping, de pessoas fazendo compras no supermercado, de fazer visita, de solteiros(as) assistindo filmes em casa enquanto comem pipoca de microondas, de mães solteiras fazerem as unhas assistindo televisão, pessoas fazendo relatórios pro chefe ou estudantes fazendo trabalhos em cima da hora. Domingo é dia de o padre ouvir confissões, dia de dormir ao lado de uma pessoa sem cansar, é dia de ir à feira, de escutar musica trancada no quarto, de ver a família reunida na sala, de fazer planos pra semana inteira, de sentir saudade, de alguma maneira contar as horas pra ver algumas pessoas. Domingos são bons e ruins, duas medidas.

Um domingo se destaca para a narradora:

04 de outubro de 2009.

Ouvindo Kate Nash enquanto pensa na grandiosidade do domingo. Esse domingo é sobre mim e você. Essa data é nossa, não importa o que vá acontecer ainda, o que o futuro nos reserva, esse dia nos pertence.

“(...)Mas eu tenho um amigo com quem eu gosto de ficar. A qualquer momento eu posso encontrá-lo, eu gosto de dormir em sua cama, gosto de saber o que está passando pela sua cabeça, eu gosto de ter tempo, gosto da sua mente e eu gosto quando sua mão está na minha. Eu gosto de ficar bêbada durante as músicas na praia, gosto de morango, gosto de ler histórias de terror e meu coração bate mais forte toda vez que nos encontramos.

O tempo está passando e seu sorriso é quase como uma memória, mas você voltou e eu estou bem, pois você está comigo e, eu estou apaixonada por você. E eu não consigo encontrar palavras pra fazer isso soar bem, mas, honestamente, você me faz forte! Eu não consigo acreditar que encontrei alguém como você, espero que continuemos assim porque você é tão legal e eu estou apaixonada por você.”

(tradução música I hate seagulls_Kate Nash)

[romântica demais, eu acho. Boa semana ai povo]

Stay beautiful.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ficções de adolescente II

Fez o chá, colocou em duas xícaras e esperou durante três horas ele chegar. Ele não chegou, então pegou uma das xícaras, colocou inseticida dentro e bebeu. Ao cair no chão agonizando pensou : “o chá vai esfriar, e você nem chegou”. Morreu. Três minutos depois ele entrava pela cozinha.

Escreveu com caneta prateada, na capa do álbum rosa de fotografias: “Nós dois e o tempo em que fomos felizes”. Em seguida, rasgou todas as fotos.

Colocou um casaco vermelho, penteou os cabelos, pegou o violão e saiu ao encontro da menina que falava francês. A viu no meio da multidão com um vestido xadrez sorrindo pra ele, e ali, naquele pequeno dia, pequeno momento de sua vida, ele com seus 26 anos sentiu-se então feliz.

Sozinha, cambaleou na avenida, embriagada, as sandálias com salto quebrado em suas mãos, as roupas sujas, os cabelos sujos de confetes, sozinha. Atravessou a avenida com pose, sorriso no rosto e no fim, sozinha, como sempre.

Fugiu de casa aos 6 anos de idade, pegou a carteira da mãe, o relógio do pai, sua bicicleta e saiu de casa. Foi encontrado pela policia na porta do cinema, esperando a estréia de Madagascar 3.

Abraçou a amiga que chorava, viu a estória se concretizando de alguma maneira ali naquele show com pessoas estranhas, cheiro de maconha e amigas gritando. Ao chegar em casa, escreveu o final de sua estória e dormiu enfim, feliz.

Bebia pra fugir, pra esquecer os olhos, pra esquecer que sem ele era um rio sem janeiro e um fevereiro sem carnaval. Bebia porque estava no fundo do poço e ele não iria tirá-la dali, bebia porque se sentia um nada, uma coitada, bebia porque ele estava ali naquele lugar verde, com flores e muita paz. Ela não gostava dessa paz, por isso bebia.

Tinha medo de morrer, sempre teve e quando aos 36 anos de idade se jogou do 15º andar do prédio em que trabalhava, sentiu-se em paz, sem medo. No seu rosto um sorriso de “hey, a morte não é tão ruim.não dói tanto quanto a vida”.

Foi ao baile de formatura sozinho, se embebedou de ponche, tirou o terninho azul marinho e se jogou na pista, ganhando destaque pela primeira vez em 10 anos. Agora é considerado o King of the night do bairro.

Passou batom, colocou as meias finas um pouco rasgadas,laquê no cabelo, nem um sorriso no rosto, saiu para a rua e esperou alguém que a levasse daquele imundice, seu príncipe encantado, o que ganhou? Um gordo em cima dela machucando-a, todos os dias a mesma dor, a mesma tristeza, sem príncipe encantado. Ainda.

Formavam um casal silencioso, de rotina acomodada e sexo mediano. Um dia houve um incêndio na cidade, que acabou por matar todos os habitantes, exceto o homem e a mulher, que resolveram aproveitar o colorido das chamas (um sinal?) para amar-se abrasadoramente no telhado prestes a ruir.

Priii V.

[ o relógio marca 20:20,q bizarro! anyway, chove lá fora, chove lá fora, Iron & Wine ressoa aqui dentro, a voz da Tv alta da sala consegue me acalmar, noite preguiçosa,viu?!]

stay beautiful.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

pra você, QUERIDA.

pra você que já encheu demais meu saco com seus posts idiotas.

(inspirado em fatos reais, trechos de um outro texto.)

Daqui te vejo turva, até diria suja. Diria, mas não digo. Não a alguém que sequer sabe ouvir. Te vejo tentando sujar a imagem que eu tenho, e você nem me conhece, você nem sabe como eu sou. Te vejo lutando no meio de 30 alunos pra espalhar fofocas, como a de que eu tenho um blog pra falar mal da sala, e sabe, minha querida, eu realmente não preciso disso, não vou gastar meu dom de escrever (coisa que você, definitivamente não tem) descrevendo a sua roupa, a roupa da sua amiga, a frase idiota que alguém da sala disse...sério mesmo, minha vida é significante, meu tempo também.

Antes de você existe o seu medo, então o disfarce para o medo, depois um disfarce para esse disfarce e só então uma sombra de um protótipo de qualquer coisa pra esconder tudo. Você se esconde, você mente, está perdida aí dentro.

Morra, tente morrer, mesmo que superficialmente, se esse é o seu modo. Mostra esse teu sangue de groselha, viva a sua insignificância, mas viva algo. Sinta alguma coisa. Você é rasa. Você é um número. Você é um resto de confete sujo que alguém chutou para baixo do sofá. Você dança abraçada a uma almofada no fim da festa, o olho sujo de tinta derretida, amarga. Isso quando ninguém está olhando.

Ai está você, parada nessa sala, no canto olhando ao seu redor sem conhecer um olhar amigo, porque você sabe que até a sua nova amiga um dia já te odiou e porque todos os seus amigos foram embora por você ser assim, e eu sinto muito por você. Não me culpe se eles vieram pro meu lado da janela, você causou isso. Antes te explico que, nunca falei mal dela e dele, eles sempre tiveram um espaço no meu coração, e eu lutei pra tê-los ao meu lado de novo, nunca fiz questão de você mais sabe, senti dó de você quando você ficou sem falar com a sua amiga ai e ficou sozinha na sala e ai no meu aniversário nós te chamamos pra comer do meu bolo e você veio, e se enturmou e falou mal da sua amiga de agora, é claro. Hey,todo nós somos de carne e osso, e temos um coração e nesse coração tem uma parte de maldade, eu tenho essa maldade e você que não é melhor que ninguém nesse mundo tem essa maldade também. Então sim, você não presta e eu também não. Mais hey! Você não fala as coisas na minha cara, nunca gostou de mim- pessoal desde 2007- mais toda vez que eu tentei de suportar você aceitou numa boa e então eu pergunto,querida, quem é a falsa? Eu, você, a sua amiga, minhas amigas ou seus ex- amigos? Somos todos iguais, você não é melhor que ninguém naquela sala, pode difamar minha imagem pela internet, eu não me importo e sabe por quê? Porque eu tenho amigos que não acreditam nas suas palavras, que não dão a mínima pro que as suas palavras sem sentido, como “Carmo” querem mostrar. Me desculpe, mais você é assim. É essa a imagem que você me passa.

Vive, tenta viver. Sabe, falo mal de você mesmo, não me importa, você é uma poeira naquela sala, uma poeira que usa poncho feio, usa os termos “pessoinha” e “ vadiazinha” pra me ofenderem, mais eu creio que isso é a marca das pessoas que estão no fundo do poço e recorrem a baixaria pra sair por cima...mais não, isso só mostra às pessoas como você é fraca, a mais insignificante naquela sala de 30 alunos, você não tem amigos como eu tenho, não é admirada e não entende que os 3 meses que estão por vir ainda serão os melhores.

Beba, cheire, injete, bota algo aí dentro, um sopro, densidade. Algo que corra e te arraste junto. Ou então desaparece. Ache uma estrada, segura na mão de algum cara da sua banda favorita e vai. Esqueça as historinhas que inventou. As mentiras. Leva essa insipidez, o gosto musical equivocado, o corte de cabelo sem propósito, a meia dúzia de opiniões vazias. E vê se some da minha frente.

Dicionário da agressão (?) e da burrice escancarada

Carma SM. O conjunto das ações do homem e de suas conseqüências ; karma.

Carmo, não existe.

Horroroso (ô) muito ruim, péssimo, horrivel.

Orroroso, não existe.

Vadia adj. Que não faz nada, ocioso, vagabundo. Leva vida errante.

Vadiasinhas, não existe- total grosseria, ó querida!




[o relógio marca 23:30, sabe,feliz demais pra me importar com qualquer coisa. a felicidade bateu na minha porta, abri, me joguei nos braços dela e estou nas nuvens. com calor, feliz, lembrando da tarde maravilhosa de hoje. até]


stay beautiful


nos fones: deixa fudê_cachorro grande.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

do outro lado da rua.

ou do outro lado da porta, da janela, da esquina, da parede, do mundo.


Sarah acordava todo dia 05:08, preparava o café na cafeteira e enquanto a cafeteira fazia seu serviço Sarah tomava um banho de precisamente 10 minutos. Todos os dias o mesmo uniforme azul marinho, os mesmos sapatos de salto alto, o mesmo perfume Victoria Secret’s, o mesmo coque perfeito nos cabelos e o mesmo rosto bonito sem maquiagem. Tomava café enquanto assistia o noticiário na TV, depois de terminar as duas xícaras de café sem açúcar, desligava a TV e olhava pra rua pela janela da cozinha, via o reflexo de sua vida naquela janela todo dia, uma vida apática e solitária. Saia do seu apartamento 06:10 e andava até a estação de metrô, entrava no 4º vagão do metrô que passava 06:25, ficava em pé e ali pensava durante 20 minutos. E nesses 20 minutos Sarah pensava no rapaz que ela observava da janela, o rapaz de cabelos pretos curtos meio bagunçado que morava do outro lado da rua, que toda noite sentava-se na sala de costas pra janela, ouvia duas músicas de bandas alternativas (que Sarah pesquisou na internet e sim, ela gostou das bandas) enquanto tomava uma taça de vinho tinto, depois disso o rapaz saia fechando as cortinas da casa e se deitava precisamente às 23:47 toda noite. Sarah sorria quando o rapaz cantava as músicas que ouvia, balançando a cabeça. E enquanto o rapaz dormia, Sarah sentava-se de costas pra janela, lia algum livro enquanto roia as unhas e sim, sonhava com o rapaz do outro lado da rua todos os dias.

Enquanto Sarah pensava, as pessoas do 4º vagão do trem a olhavam e pensavam “pobre menina, tão linda e sem nenhuma aliança na mão”, “tão gata e com olhos tristes” ou “um dia ela será feliz?”, só que as pessoas naquele vagão não sabiam que Sarah gostava do rapaz do outro lado da rua, aquele que ela nunca iria trocar uma palavra ou ver sem ser pela sua janela e nem eles e nem Sarah sabiam que o rapaz estava ali no mesmo metrô, no 6º vagão, pensando em Sarah.

Dan acordava todo dia 05:12, tomava banho de 10 minutos, vestia os jeans clássicos, a camiseta xadrez ou branca por baixo do casaco preto, os velhos tênis, o mesmo Mont Blanc todo dia e o mesmo cabelo preto curto meio bagunçado. Saia de casa 06:05, comprava um café na cafeteria da esquina, se distraindo lendo o jornal e saia correndo pra pegar o metrô que passava 06:25, ficava em pé, espremido na porta e ali, nesses 30 minutos de viagem Dan pensava. Pensava na moça de cabelos longos castanhos que morava do outro lado da rua, que toda noite sentava-se de costas pra janela e lia um livro enquanto roia as unhas e deitava-se todas as noites 00:33, todas as noites depois de beber uma taça de vinho, ele fechava as cortinas e olhava discretamente a moça que morava do outro lado da rua, e ficava fascinado quando ela chorava lendo o livro ou quando suspirava quando o livro acabava.E quando ela dormia, ele sonhava com ela, todas as noites.

Enquanto Dan pensava as pessoas do 6º vagão-principalmente as mulheres- o olhavam e pensavam “pobre rapaz, tão lindo, solteiro” , “será que ele é solteiro, será que se eu sorrir ele vai vir falar comigo?” ou “vai morrer sozinho?”, só que pessoas não sabiam que Dan gostava da moça do outro lado da rua, aquela que ele nunca teria coragem de observar sem ser a noite ou seguir seus passos pela cidade. E nem Dan e nem as pessoas sabiam que a moça estava ali no metrô, no 4º vagão, pensando em Dan.

Dan e Sarah nunca se encontravam, ela acordava 4 minutos mais cedo que ele e ele tomava café na cafeteria da esquina, e quando Sarah passava ele estava de costas pagando o café. Sarah entrava no 4º vagão e Dan corria e entrava no 6º era vagão, nunca se encontrando, nunca criando coragem pra descobrir qual o apartamento dele ou o dela, sempre pensando “ele nem deve saber que eu existo” e “ela nem deve saber que eu existo”.

E do mesmo jeito que Sarah pensava e sonhava com ele, Dan pensava e sonhava com Sarah, imaginavam o que o outro gostava de comer, como seria acordar ao lado um do outro, como seria a mãe deles, imaginavam feriados juntos, filmes vistos juntos, noites juntos, a mesma cama, a mesma comida, a mesma vida. Ela pensava que ele poderia ouvir música na sua sala enquanto ela com a cabeça no colo dele lia algum livro. Ele pensava que ela poderia ler algum livro com a cabeça no colo dele enquanto ele bebia uma taça de vinho, sem se importar com o resto do mundo, só naquele momento.

E todas as noites ele pensava nela, e todas as noites ela pensava nele, e sem saber, Sarah e Dan mantinham um relacionamento, ela no 4º vagão e ele no 6º, do outro lado da rua por janelas.

Priscila V.

[ o relógio marca 15:56, calorzinho bom no quarto, regina spektor pra alegrar(?) o dia, a risadinha do primo esquenta o coração e um pote de paçocas devorado em 20 minutos faz bem pra alma]

Stay beautiful

Regina spektor_ Just like the movies.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

domingo

na noite eu rindo com um copo na mão... a vida não para.


Ontem eu te vi e que vontade me deu de mandar você tomar no cú quando você veio em minha direção pra dizer um “oi pri”...mais é claro que eu não fiz isso, eu simplesmente continuei com as mãos dentro dos bolsos do meu vestido enquanto via você tentando me abraçar e, confesso que não senti nada com essa sua proximidade. Sabe, perdi horas dos meus dias pensando que quando você se aproximasse de mim eu tremeria, perderia as estribeiras: não, eu não senti nada mesmo, nem vontade de retribuir, nem vontade de olhar na sua cara e muito menos perguntar “e ai,você ta bem?”.

E ai a noite seguiu muito bem, eu dancei e até cantei avril lavigne, agüentei a sua garota falando coisas inaudíveis e sem sentido pra mim e juro que tentei conversar com ela mais não dá(há), te vi dançando com ela e sendo uma coisa que você nunca foi comigo quando estávamos com nossos amigos, eu ri muito e ri mais ainda quando um copo de Salvatore foi parar nas minhas mãos. Enquanto eu bebia e sentia o efeito da vodka e o curaçau blue em mim eu pensei “eu estou bebendo pra aliviar a dor de ver isso?” mais ai eu cheguei à seguinte resposta: Não! Eu bebi porque tava com vontade e porque prometi pra uma amiga comemorarmos o aniversário dela antes do dia.(HÁ)...mais claro que meio tontinha foi bem mais fácil observar o novo casal.

Sim, eu deveria pedir desculpas por ser tão rude com você só que eu não sinto vontade alguma de fazer isso, e pedir desculpas só pra ser mais legal não é minha cara não. Então eu vou continuar sendo rude sim, pode ir se acostumando e se você pensar “nossa, como ela é imatura”, hey honey eu tenho 17 anos, você me prometeu o paraíso e me trouxe o inferno(HÁ) e não me surpreendeu em nada, então por favor não me venha com o papo de imaturidade pro meu lado não.

Mais hey! Eu quero te agradecer também, depois do que você fez comigo alguma coisa mudou em mim, sei lá, assumi um tom mais seco perante algumas coisas e parei de fingir sorrisos e rir de piadas sem graça. Eu sei que é muito cedo pra falar isso, mais eu mudei, pra melhor é claro e obrigada por isso, o teu pé na minha bunda foi um marco importante na minha vida.

Minha mãe perguntou hoje de manhãzinha como foi ver você com a sua garota e eu respondi: “nada de interessante, não senti nada mãe, nem saudade nem inveja, nem nada”.

- o ruim de toda essa estória é que vocês não são mais amigos.

- eu não sinto falta disso também.- Ai peguei um copo d’água e bebi

- você bebeu ontem,né?!

- aham.

- o quê,filha?

- uma bebida azul.

- e te ajudou em alguma coisa?

- ô!

E ai voltei pra minha cama, deitei a cabeça no travesseiro e dormi. E é isso que eu quero te dizer- mesmo sabendo que você nunca vai ler isso-, eu tô bem, ok, foi doloroso no começo é claro mais você me fez um favor, com você eu sempre me estressava, sempre você e suas crises de ciúmes, sempre você querendo mudar meu jeito de ser, nunca satisfeito. Sem você eu tô bem, não me sinto presa à você(?) em nada, eu saio, bebo, danço, falo palavrão pra caralho, me divirto. Volto pra casa, deito com a cabeça no travesseiro e durmo feliz, sem tristeza! Eu nunca estive tão bem comigo mesma, com meus pensamentos...eu estou em paz, sem você o mundo me trouxe essa paz.

Então se você consegue viver facilmente sem mim,é claro que eu consigo viver facilmente sem você,honey!

E é isso, obrigada pelo alívio, e seja feliz com ela ou sem ela...tanto faz. Fique bem que eu aqui com minhas danças, músicas, amigas, risadas, tardes, noites e copos de Salvatore estou bem. (=


( o relógio marca 14:26, estória verídica, dia bonito mesmo nublado, vontade de ficar em casa sem fazer/pensar em nada.)

ouvindo: fim do motim_osmacCacos (só pra semana começar muiiito bem,honey)

stay beautiful. [=

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ficções de adolescente I

{Hoje eu poderia falar sobre suas excentricidades, sobre as coisas que eu odiava em você e sobre as coisas nada construtivas que aconteceram enquanto estive com você... Mais sabe?O sol insiste em sair hoje, eu estou com calor, minhas unhas estão pintadas de vermelho, meu cabelo está curto e preto do mesmo jeito, eu estou com roupas novas no guarda-roupa, todos os meus primos estão aqui em casa, a minha família toda está unida, domingo é dia dos pais, é aniversário de uma amiga minha essa semana, eu estou ouvindo katy Perry, usando uma camiseta velha e um short jeans curto, perdi meus óculos em algum lugar do apartamento, da janela do meu quarto eu consigo ver as árvores do meu condomínio, eu continuo com a mania de mexer nos cabelos e por incrível que parece o sol acabou de brilhar na minha janela e eu sorri, numa sexta feira em que acordei cedo. E o quê que tudo isso tem a ver com você? Exatamente isso, nada. E por esse motivo esse post não vai ser sobre você e sobre seus defeitos. Não está na hora ainda, honey, tô feliz demais pra escrever coisas sobre você, sorry.}

--

ficções de adolescente I

A 8ª série D.

Fabio se achava feio (mais não era), tímido e amava Ana Lúcia a-garota-mais-inteligente-da-sala. Escrevia o nome de Ana Lúcia dentro de corações desenhados na última folha do caderno.

Ana Lúcia se achava inteligente demais pra qualquer pessoa daquela sala, por isso assistia todos os dias a novela mexicana para admirar o único homem que a merecia, Luis Fernando, o galã mexicano.

Henrique era bonito, atleta e beijava todas as garotas da escola. Na verdade Henrique era apaixonado pela menina albina que usava aparelhos da sua sala, Samantha.

Samantha era albina, se vestia mal e era humilhada freqüentemente nos corredores da escola. Tinha uma paixão pelo seu professor de literatura.

Berenice tinha 17 anos e fazia a 8ª serie pela terceira vez, era a mais bonita da sala e tinha um caso com o professor de literatura, era burra e transava com o professor pra conseguir nota.

Danilo era o melhor amigo de Henrique, era atleta, tirava notas ruins na escola e odiava Samantha – a albina, o motivo desse ódio? Danilo era apaixonado por Henrique.

O professor de literatura odiava café e Berenice, só ficava com ela pra ter o que fazer aos domingos. Na verdade o professor não gostava de ninguém só de Carlos Drummond de Andrade.

Fabio depois de dois anos desiste de Ana Lúcia e acaba tendo um caso com Berenice, ela fica grávida, ele é obrigado a casar com ela. Fabio é bem sucedido no mundo dos negócios e vive com Berenice durante 10 anos até que Berenice vai embora para NY deixando Ana Cláudia com ele. Fabio vive apenas com a filha até seus 18 anos, a filha vai morar com a mãe em NY deixando o pai na mesma casa de sempre. Fabio morre sozinho em frente à televisão vendo a final da Copa do Mundo, com um sorriso no rosto por estar sozinho.

Ana Lúcia a cada ano fica mais obcecada pelo galã mexicano, não se relaciona com nenhum garoto, não sai de casa e espera Luis Fernando aparecer um dia em sua casa. Aos 25 anos Ana Lucia se enforca no banheiro ao descobrir que seu galã mexicano acabava de morrer por overdose.

Samantha depois de um ano descobre o caso de Berenice com seu amado professor de literatura, leva o caso deles a diretora e depois de tanta decepção acaba cedendo aos encantos de Henrique, namoram por cinco meses até que Henrique viaja para Manaus. Vai se descobrir uma moça linda, irá se formar em psicologia e vive essa vida durante 10 anos até que num dia descobre-se apaixonada toda a vida por Henrique e decide viajar para Manaus.

Danilo nunca tendo coragem de declarar seu amor à Henrique e não agüentando ver seu amado dando beijos na albina, sai da escola e vai morar em Brasília, lá depois de 2 anos encontra Matheus o-que-não-tinha-entrado-na-história e vivem juntos até Danilo com 36 anos ser assassinado quando voltava para casa. Por que? Porque ele era homossexual e morava com um homem e as pessoas são estúpidas demais.

Berenice depois de levar um fora do professor de literatura, descobre-se apaixonada por Fabio, acaba seduzindo-o e ficam juntos, depois de 9 meses nasce Ana Cláudia e os três vivem uma vida com muito conforto, até que Berenice descobre que está sufocando Fabio o obrigando a cultivar amor por ela( na verdade Fabio nunca deixou de amar Ana Lucia, mesmo depois de seu suicídio o que o afundou a uma depressão discreta), então deixa-o e vai para NY onde vive toda sua vida.

O professor de literatura é demitido quando Samantha leva o caso dele com Berenice a diretora da escola. Ele não se importa nem um pouco com esse incidente e começa a trabalhar numa biblioteca onde passa todos os dias de sua vida lendo Carlos Drummond de Andrade, sem nunca enjoar.

Henrique depois de namorar Samantha e ir morar em Manaus, termina os estudos e larga a carreira de atleta, começa a se dedicar à pintura buscando inspiração em sua musa Samantha. Viverá sozinho durante 10 anos até que encontra Samantha e continuam de onde pararam o namoro, moram juntos, não vão ter filhos, aos olhos de Manaus vão ser o casal mais lindo de lá e vão morrer juntos numa tarde enquanto assistem Cantando na Chuva.

(o relógio marca 12:12, ficções de adolescente I escrito em abril desse ano (velhinho né?! achei perdido num caderno meu da escola).sinto o cheiro de comida vindo lá da cozinha pequena da minha vó, com calor, o sol brilha aqui, ouço katy Perry e sim, um dia bom)

Stay beautiful.

Katy Perry_ simple

domingo, 2 de agosto de 2009

Chevette 75 vermelho.

E Júlio.



Júlio não tem bicho de estimação, nem muito dinheiro no bolso e nem um guarda-chuva para lhe proteger da chuva, Júlio só tem um Chevette vermelho, Chevette que lhe serve de cama quando consegue alguma garota. O Chevette 75 vermelho acorda todos os dias 7:08, não tem seta e nem freio mais anda pelo caminho que já sabe de cor: casa, trabalho, mercado e casa de Júlio, aos fins de semana vai à alguma casa noturna e nas férias de verão ele e Júlio vão à praia com alguns amigos e algumas garotas.

Júlio e Chevette se conhecem há cinco anos, o Chevette era do pai de Júlio que depois de alcançar os 18 anos ganhou o Chevette de presente do pai, claro que Chevette gosta mais de Júlio, afinal, Júlio tem charme e as garotas adoram o conforto do banco traseiro de Chevette. Não vivem um sem outro, Júlio consegue algumas garotas por causa do Chevette que não tem charme mais tem quatro rodas e um banco traseiro. Todos os dias Chevette toca blues e buzina no trânsito de São Paulo. Todos os dias Júlio ouve blues e buzina no trânsito de São Paulo.

O espelho de Chevette reflete a vida ficando pra trás e Júlio vê momentos que não voltam mais, o Chevette leva pancada e nunca deixa Júlio na mão, o motor de Chevette é irmão gêmeo do coração de Júlio, sempre juntos se adaptando a cada nova situação. O Chevette 75 vermelho não tem suspensão e pra Júlio não existe tempo feio, a vida sempre é uma festa e sempre é verão. O Cheveio 75 vermelho sem charme já foi acento de belos traseiros, Júlio com charme já passou a mão em belos traseiros.

Que horas eles vão chegar?

Não interessa... Devagar e sempre Chevette e Júlio chegam lá.

(escrito nesse domingo enquanto esperava True Blood começar na HBO. Sim, inspirada descaradamente na música “Cheveio” da banda Os MacCacos. Agora, ouvindo Radiohead, com muita preguiça e babando no novo corte de cabelo. Domingos são chatos mais lá no fundo são bonitos)


Stay beautiful.

Nos fones: Radiohead_15 step.



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Nunca se apaixone por um italiano.

ou nunca se apaixone.

Eu não gosto de sexta-feira, é um dia completamente nostálgico, eu fico aqui parada esperando o fim de semana chegar pra sair de casa, ai fico lembrando de coisas que não devem ser lembradas e olha que engraçado, hoje resolvi pegar minha caixa de coisinhas que me fazem lembrar pessoas queridas e ai no meio de tanto papel de bala, cartas, fotos, ingressos e tampinhas de Heinecken, achei uma folha de caderno toda amassada e meu coração disparou, porque claro, a folha de caderno era tua. E dentro dela tem a tua letra de menino relaxado e preguiçoso me dizendo: “Eu gosto dessa garota, não pelos all star dela ou pelo cabelo bonito dela. É pelo que ela é e representa pra mim.” E eu tive vontade de te socar, mais ai eu lembrei que nunca mais vi você desde dezembro do ano passado, que a única coisa que vejo tua é tua janela do MSN anunciando que você está on e vivo pra mim.

E olha o que você ainda faz comigo, eu nunca entendi e nunca vou entender esse poder que você tem sobre mim, sabe? É uma merda, qualquer coisa que eu faça me lembra você, se eu leio eu lembro de você, porque sempre que você me via com um livro você perguntava sobre o que era, se eu vejo um desses filmes doidos eu lembro de você porque você também vê os mesmos filmes que eu, se eu coloco um all star no pé lembro de você, se eu me ferro com um cara eu lembro de você, porque eu me ferrei com você. E me ferrei feio.

Cheguei à conclusão absurda que eu ainda gosto de você, eu sei,eu sei que isso é uma burrice mais eu sempre te disse que não gostava de ser intelectual porque doía. Eu falei de você pra uma amiga semana passada, lembrei que você era o cara certo pra mim, minha Outra Parte e que eu nunca vou gostar de um cara como eu gostei de você, os outros não são como você e nem procuro você em outros, você é único e sabe porque? Porque você era ele, o cara que ia me levar pro resto da minha vida. Mais você simplesmente não fez isso, e eu nem sei por quê. Não, você não arruinou minha vida nem meu coração, eu só tenho lembranças boas suas, o melhor ano da minha vida foi com você sentando todas as manhãs do meu lado, eu te enchendo o saco no MSN até 20:35 todo santo dia. E nós gostávamos tanto daquilo, você mesmo disse que precisava disso pra ficar de bem com a vida, você disse que gostava de mim pra caralho e que um dia nós ficaríamos juntos. Você disse que no teu peito tem um imã e no meu tem outro imã e esses imãs se atraem, e eu não sei quanto ao teu imã, mais o meu ainda está aqui, te esperando.

Você é um cara especial, não é só porque você é italiano, é porque você me fez um bem danado, me ajudou em coisas que eu não via solução, me divertia com todo o teu anarquismo e eu te adoro, muito, você é uma pessoa brilhante e mesmo que tenhamos nos afastado “pra ser melhor pros dois”, eu tenho saudade de você broto,muita mesmo. Você é o único que fez meu coração estar exatamente onde deveria estar.

E eu sei que não é tarde pra nós dois, nunca será tarde. Às vezes quando estou dentro do ônibus eu te vejo atravessando a rua ali perto do terminal e meu coração vem na boca. Você está perto de mim ainda, a tua presença ainda existe dentro de mim, sempre vai existir...e eu vou ficar te esperando, porque um dia você vai passar aqui, pegar na minha mão e me levar pro resto da minha vida.

Priscila, 31/07/2009

[olha só, voltei com o blog! E voltei com um texto melodramático, mais hey, sou dramática ao extremo. Não sofram comigo. HAUHAUAHU]

nos fones: complicado_os maccacos.

Stay beautiful.