domingo, 13 de dezembro de 2009

ensino médio.

os elementos que me transformaram.



As coisas acontecem de uma maneira muita rápida, ontem eu estava dançando quadrilha na pré-escola e hoje eu estou aqui lembrando de tudo o que já fiz, todas as escolas que passei e todos os amigos que conquistei. E sabe, nada se compara ao ensino médio.

Os amigos que conquistei os professores maravilhosos que tive, as melhores risadas, melhores lembranças, acordar durante três anos as 5h30 colocar uma das minhas roupas estranhas e ir para a sala amarela com a porta azul só para rir, sentir aquela sensação boa dentro de mim e às vezes, aprender alguma coisa como cossenos e senos e tangentes.

Todos vocês sabem como eu sou um monstrinho, que não sabe expressar sentimentos como qualquer outra pessoa normal mais sabe, eu amo vocês, eu amo a Gabii Grana, a Jê, o Gordo, a Rox, a Gabi Sazi e a Mika, amo todos vocês, da mesma maneira. Vocês são os amigos perfeitos, que juntos formam essa coisa fodástica que nós somos. Vocês são o elemento que transforma, vocês me transformaram de maneiras inacreditáveis, aprendi a não julgar pela aparência, a ser mais paciente, não me preocupar tanto com problemas familiares, a conviver sem frescuras aceitando cada um do jeito que é. Se hoje eu me sinto uma pessoa melhor, mais feliz e completa, você fizeram grande parte nisso, e sabe, obrigada por isso, mesmo. Vocês são pessoas maravilhosas, que vão crescer, não apenas financeiramente mais em todos os sentidos, vocês serão felizes e irão transformar muitas pessoas por ai.

Eu vou ficar bem, vou continuar a sorrir todos os meus sorrisos e vou lembrar de tudo, pra sempre, do E que me seguiu por três anos, da professora Olívia que passava textos enormes tudo de cabeça, sem copiar de nenhum livro/revista, de todos os desentendimentos, de todas as apresentações de trabalho, da professora Susete e seu varal de bolinhas fechadas e ou abertas, do professor Caio com quem eu tive as maiores conversas sobre histórias em quadrinhos, “(...)do Duh que vai ficar pra sempre dentro de nós por ser tão engraçado e zoar tanto a nossa diva eterna Heytor. Vou me lembrar que o professor Rubens é fã enlouquecido do Paul McCartney e que o professor de inglês, o Marcelo tem a risada mais engraçada de todos os tempos, das roupas extravagantes da Maria Helena, de todas as minhas notas vermelhas, de todas as nossas piadas infames, de todas as nossas imitações pra lá de ruins, de todas as risadas escandalosas, de todas as nossas manhãs, de todas as estórias, segredos, trabalhos, dança de Hot n’ Cold, da Gabii Grana imitando o Vinicius, da Jê dormindo sempre, do Gordo falando da Dulce Maria e rainhas derivadas, da Mika encenando suas noites de baladas, da Rox rindo e suas calças coloridas e da Gabi Sazi idolatrando a USP. Nunca vou me esquecer dos gritos, dos nossos abraços, das coisinhas irritantes como PIIIITTTYYYY SOU SUA FÃ, do nosso amigo secreto, das festinhas surpresas, da única vez que fomos parar na diretoria, do “CALA A BOCA”, do “Ai Gordo, como você é ingênuo”, conversas infinitas sobre nossas famílias, crepúsculo, filmes e música. Da nossa formatura, da rodinha regada de lágrimas ao som de “I gotta feeling” e de como eu me senti completa quando estava com vocês.

Me arrependo de não ter dito a todos vocês o quanto eu os amo, sabe, por mais estranha e fria que eu seja, eu amo vocês e nós somos o elemento que transforma.

Eu amo vocês, e sentirei saudades todos os dias.

“Let's paint the town

Monday, tuesday wednesday and thursday.Friday, saturday,saturday and sunday. Get get get get get with us u know what we say party everyday”


Ps da narradora:

A estranha aqui ama vocês, e pra sempre vou lembrar desses nossos dias, pra sempre. PARTY EVERYDAY FOREVER

[14h57, ouvindo a bendita música que nos marcou esse ano, querendo chorar mais uma vez, unhas vermelhas, logo mais comprar o presente do amigo secreto e é isso ai.]

stay beautiful.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

so tired.

cansada do romance, do drama,da minha amargura e de todas essas merdas ai.

Estou cansada de todo esse romance, de todas essas palavras que carregam esse exagero todo, acho que na verdade estou virando uma pessoa amarga. Eu no auge dos meus 17 anos, auge do meu final de ano,escola e afins, me encontro em um terrível dilema de agüentar todas essas palavras bonitas quando na verdade não tenho certeza se quero ouvi-las.

Tenho medo de que se continuar com essa linha de pensamento chegue aos 22 anos e aja como a Lily Allen no clipe da musica [22],sabe? Olhos com maquiagem borrada, cabelos bagunçados, lutando por um lugar no espelho, dançando com aquele que será apenas mais um na infinita lista de “não deu certo,me desculpe”. Sabe, não é inveja, poxa vida, não sou tão filha da puta mais é que certas coisas me irritam, talvez, seja dor de cotovelo,talvez não. Eu fico feliz ao ouvir essas estórias de amor, por exemplo, da minha amiga que namora esse cara há dois anos, e ficaram no protocolo de olhares,risadinhas,conversas e nada de beijo até ele criar coragem, respirar fundo e pedir pra namorá-la e só ai, dar o primeiro beijo deles. Esse tipo de coisa ainda me emociona, existe o romance ainda, mesmo que seja o primeiro e ultimo que ela vá viver, sabe, é um romance,puro amor verdadeiro, sem esse papo de “casado(a)” no orkut, ou depoimentos que repetem “você é a minha vida agora, “meu amor”, “sem você minha vida não tem sentido”, e contam que já sonham com os filhos e que a imagem do filho se projeta em um cachorro ou bicho de pelúcia. Isso me irrita porque não soa verdadeiro, não soa como o que o amor deve ser,sabe isso é coisa passageira, e é desse tipo de romance que estou me enojando. But this is only my opinion.

Sou fresca, auto critica, não gosto de abraços e muito menos falar “eu te amo” quando não amo a pessoa, podem me chamar de fria e seca, vão em frente, sou isso mesmo. E sei disso. Mais não me orgulho. Acho que se tivesse dito alguns “eu te amo” não estaria recolhendo alguns cacos meus por ai, se tivesse sido mais leve, mais “fácil” as coisas teriam sido mais bacanas pro meu lado. Ou talvez não, talvez eram todos uns filhos da puta que me transformaram nessa coisa perversa, sim, eu sou perversa, tudo me cansa, qualquer garoto se torna repetitivo e dizer que me acha linda e dizer “eu te amo” todos os dias não ira mudar isso.

Enquanto não encontrar o garoto certo, a porra do romance ideal que me fará andar pelas ruas com um sorriso idiota no rosto, dormir suspirando e acordar rindo as coisas continuaram assim por aqui. Essa é a porra da verdade. Desculpe mãe mais sua filha não ira namorar tão cedo assim, nem trazer um cara para almoçar aqui em casa, ainda não me vejo fazendo essas coisas, não apareceu esse ser tão magnífico que me fez dizer “eu te amo” sem arrependimento, colocar “casada” no orkut com apenas 1 semana de namora/pegação, e até pegar meu bichinho de pelúcia e fazê-lo de meu filho. Serio,não riam, as pessoas fazem isso e eu ainda não cai nisso. Mais espero cair (AHA!)-brincadeirinha!

Sei lá, acho que eu realmente não sei o que é amor, pessoas conseguem namorar sem nunca se tocarem, apenas se vendo pela webcam, não sou tão forte pra esse tipo de romance, eu sou mais das antigas, eu acho. Quero um amor pra pegar na mao, sentir seu hálito no meu rosto, seus dedos acariciando minhas costas,que me proponha o namoro depois de um mês juntos, depois de nos conhecermos e não pelo impulso, não pela vontade de colocar “casado(a)” no orkut logo. Quero um romance igual ao da minha professora de geografia, filhos, cachorros, beijinho tímido ao sair do carro e casamento que já dura 33 anos. Quero um primeiro e ultimo romance, como na musica do Los Hermanos, como as musicas do Roberto Carlos, como “Birds” da Kate Nash,” There is a light that never goes out” do Smiths e aquela do Stevie Wonder I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever)”. Romances como Edward e Bella, Summer e Tom, Joel e Clementine, Harry e Gina, Rob e Laura, Paul e Janne, Cash e June, Amélie e Nino, Jack e Sally, Rony e Hermione, Paul e Linda, Satine e Christian, Elizabeth e Mr.Darcy, Wall-e e Eve, Anakin e Padmé,T.R. Devlin e Alicia, Mary e Jim,Sméagol e o Um Anel

Serio, essas musicas são verdadeiras,esses amores fictícios, esses amores fodasticos existem de alguma forma e estão por ai em algum lugar, me esperando. (assim eu acho).

Por ora, eu fico aqui lendo/ouvindo/vendo e acreditando em todos esses “eu te amo”, “você é minha vida”, me tornando um “conceito” e ajudando esses garotos e ajudando a mim mesma, porque no final das contas a gente sempre aprende alguma merda. E isso é verdade.

Do mais, vou continuar me encantando por esse cara que mora lá no quinto dos infernos, chorando por todos os outros que me largaram,rindo da cara de todos que eu larguei e me forçando a lembrar os nomes dos outros por ai, sim, sou malvada e posso parecer, de acordo com um amigo meu “uma garota malvada, que rouba os corações dos garotinhos, sem piedade”. Uma cleptomaníaca de corações, roubando a mim mesma. It’s the fucking truth.

E que continue o show, sem medo algum, esperando essa merda de romance verdadeiro acontecer.

E realmente não sei se estou mais para Summer ou Tom,Joel ou Clementine ,Sind ou Nancy.

Ps da narradora:

Dramático? Exagerado? Uma merda? Foda-se HAUAHUAH. To ouvindo Peter Doherty e sabe, ele desafina pra cacete mais eu gosto dele e do chapéu dele. E não me venha com “eu te amo” agora e nem “meu amor, você é minha vida agora,vou te amar pra sempre” serio. To amarga pra cacete. E eu casaria com o Rob Fleming,mesmo ele sendo pobre e mais amargo que eu. Formaríamos um belo casal.

Stay beautiful.

[22h33, cabelos presos, unhas sem esmalte, preguiça, vontade de ler e dançar sozinha no quarto.enjoada de todos esses “eu te amo”, depoimentos sem nexo algum que causam dor de cotovelo e coca-cola. Relevem, hoje é quarta-feira e eu simplesmente não presto nesse dia.]

No wmp: Peter Doherty and Keane_Karma Chameleon.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

I don't know.


“(...) Pareceríamos até um casal feliz. Falaremos de cinema quando não tivermos mais assunto. Viveremos no nosso mundo particular. Eu sempre estarei pronta para corrigi-lo, ampará-lo e seguir em frente. Como um poema marginal. Sofreremos se for inevitável. Mas juntos. Choraremos se a dor for insuportável. Mas juntos. Andaremos ombro a ombro pelas ruas. Enxugaremos as lágrimas um do outro. Nos defenderemos de tudo e de todos. Sobreviveremos. Em nome das belas coisas, do que nos dói e redime, escolheremos a cumplicidade como a nossa cura. Então continuaremos. Ninguém será mais maltratado pela vida. Nós enfrentaremos. Mesmo que o nosso destino seja a mais completa derrota,manteremos intacta a nossa dignidade. Iremos à luta. A partir de hoje, seremos nós contra o mundo. E não nos importaremos com o resultado.”

Do livro “GO” de Nick Farewell, com as algumas adaptações.

Sabe, eu continuo não acreditando em amor à primeira vista, mas continuo acreditando que destino é o que nos move, que eu vou sempre me apaixonar pelo primeiro garoto que gostar das mesmas bandas,filmes,livros e esquisitices que eu, que meu coração nunca terá batidas perfeitas, sempre o descompasso de algo novo acontecendo, sempre o sangue renovando, sempre um novo ar, sempre dormir suspirando e acordar sorrindo. Acredito que a distância dói, e mesmo não gostando de abraços, eu sempre vou sentir necessidade de receber um, acredito que pessoas podem se encantar uma pelas outras em apenas uma troca de palavras e que se um dia você ouvir um “eu te amo” meu, pode ter certeza que é verdadeiro.

Acredito que lá do outro lado ele pode estar dando aquele sorriso galante dele, mexendo nos cabelos, que estar separada por quilômetros dele será um pesadelo, que meu corpo vai doer, que pensarei nele todos os dias;quando alguém falar de twilight e quando ouvir death cab for cutie, que ele estará perto de mim de alguma forma e que seremos felizes,”seremos nós contra o mundo. E não nos importaremos com o resultado”.

ps da narradora:

escolhi uma música pra resumir tudo isso;eu,você,o mundo,tudo.

http://letras.terra.com.br/lisa-hannigan/1354389/

[12h18, ouvindo lisa hannigan, cabelos soltos, óculos de grau, unhas vermelhas, preguiça, estresse, precisa de férias, dona Pripripri.]

stay beautiful.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

procura-se

o garoto imperfeito dos meus sonhos.

Um garoto que me deixe ficar nas pontas do pé para encontrar seu rosto, seu sorriso, seus lábios, a minha felicidade. Que goste da minha risada e meu cabelo repicado, das minhas unhas pintadas de vermelho, das minhas conversas sobre livros, filmes, minha família, meus dias tão banais. Que goste de ir ao cinema ver os filmes que me farão chorar, dividir a conta do restaurante, dividir um Milk-shake de ovomaltine mesmo que não seja seu preferido. Que goste das minhas pernas finas, dos meus dentes tortos, de ficar deitado na cama em um dia de domingo morrendo de preguiça comigo, que ache graça no meu fanatismo por coisas superficiais, que ache minha mãe super descolada e meu tio o cara mais legal de todos por gostar de The Smiths e Los Hermanos. Que goste de todas as minhas amigas e tivesse ciúmes dos meu amigos- mesmo os achando bacanas, que fosse a praia comigo e bebesse todas as caipirinhas de saquê possíveis, que dançasse comigo ou tirasse sarro quando eu estivesse tropeçando nos próprios pés por usar Havaianas.

Que ache a comida da minha vó mais gostosa do que a da sua mãe, que adore meus óculos de sol, minhas calças jeans, meus vestidos e tênis, meu humor seco de quartas-feiras, minhas ironia, minhas músicas preferidas, elogiasse meu gosto para filmes, que ria até chorar com meus gritos pelo Rob Pattinson e Johnny Depp, que me acompanhe até o ponto de ônibus e faça cara de triste porque estou entrando no ônibus.

Que ligue pra saber da minha saúde, da minha escola, das minhas banalidades, que não goste dos meus palavrões mais que goste do meu sorriso forjado. Que ande de mãos dadas comigo pra todo lugar, que me compre livros, que roube palavras de algumas músicas e escreva em um cartão pra mim, que me olhe nos olhos enquanto conto minhas fantasias, que adore meu jeito desbocado, minha sinceridade na relação a dois, que sinta raiva de todos os que me fizeram sofrer, que me abrace quando eu estiver perdida, que me faça assistir filmes do Freddy Krueger só pra me ver morrendo de medo e deitar minha cabeça em seu colo me protegendo do medo.

Que me apresente todos seus amigos, família, animais, lugares preferidos. Me faça ouvir suas músicas, ler seus livros, ver seus filmes e até assistir futebol. Que me ajude a te ajudar, que peça minha opinião nas suas coisas, que goste da minha mania de morder os lábios, passar a mão nos cabelos, do meu jeito de acariciar seus cabelos e de te olhar dormindo. Que me coloque na cama quando eu tiver um dia difícil, que me coloque na cama pra dormir ao seu lado, sem medo, só felicidade. Que se sinta á vontade comigo, que possa sorrir todos seus sorrisos, contar todas as suas banalidades enquanto tomamos um café, seus segredos e fantasias, suas piadas, que possa cantar desafinado a música que mais gostamos, que escolha uma música para nós, um lugar, um filme, um livro.

Que me ache imperfeita, baixinha demais, viciada demais em paçoquinha e cerveja, faladeira demais, escandalosa demais, retro demais, nova demais, velha demais, imatura demais, preguiçosa demais, chata demais e boba demais. E que mesmo me achando imperfeita, me ache perfeita para nós dois, para passar algumas horas juntos, dias, meses, anos, estórias juntos.

Se você estiver por aí, entre em contato.

Ps da narradora:

É a velha história do: “se você é um pássaro, então eu sou uma pássaro também”. Se você é minha outra parte, eu sou sua outra parte também. Amor recíproco, felicidade igual.

[20h25, ouvindo trilha sonora de 500 days of Summer, milhões de coisas a fazer, 5 meses para 18 anos, o mundo gira, calor danado, procurando um garoto.]

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

shooting the moon

Or shooting the life, the sky, the smile.

Juro que depois de exatos 4 meses consegui ouvir Coldplay, você acredita? É, ouvi a música que me lembrava você “Shiver” e “Don’t Panic” a música que me lembrava nós dois no seu carro conversando sobre nossos dias extremamente banais. Criei coragem, coloquei o cd do Coldplay e tudo começou, lembrei de tudo, nossos momentos bons e nossos momentos ruins, porque você sabe, tudo na vida são duas medidas, bem e mal, doce e amargo, eu e você.

Por um momento eu esperei a tristeza tomar conta de mim, na verdade eu desejei que a tristeza tomasse conta de mim por pelo menos 5 minutos, porque eu vim me privando dessa tristeza todos esses meses, sempre colocando um sorriso, vestindo minha melhor roupa, ouvindo a música mais animada e ouvindo piadinhas enquanto via você. A tristeza não veio. E eu não reclamei, acho que só queria depois de todos esses dias, horas, minutos e segundos lembrar de você, sentir saudade de você e admitir que eu gostava de você, gostava mesmo e nem me pergunte o motivo, acho que é porque somos diferentes e de alguma forma doce e amargo se encontraram como naquelas balas que são amargas e depois ficam doces, acho que somos assim e por isso gostei de você, eu gosto dessas balas que trazem o amargo e o doce, são minhas preferidas. Você era o meu preferido.

Não, não me arrependo de ter ficado com você, nem de ter agüentado todos os olhares em cima de mim “poxa, você está com ele?! vocês? Sério?!”, de ter feito coisas que não faria com outro, nem de ter entrado no msn todos os dias depois das 20h00 só pra falar com você (nem que fosse pra brigarmos), nem de ir no cinema ver os filmes mais chatos e ver você dormindo ao meu lado e nem de ter ficado até sei lá que horas da madrugada apenas fazendo nada com você.

Lendo isso parece que eu ainda gosto de você,né?! Mais não, tudo terminou de uma forma estranha demais e por incrível que pareça eu não gostei do amargo que senti descendo pela minha garganta mais sabe, acho que isso foi bom. Sempre acreditei que nada na vida acontece por acaso, você não aconteceu por acaso, nosso primeiro beijo dentro do seu carro não foi por acaso nem nosso fim...Se estivéssemos empurrando nossa relação com a barriga, eu provavelmente não teria ido e feito inúmeras coisas bacanas, conhecido novas pessoas, ter conhecido o ex de 19 anos e sabe, isso foi o mais importante. Se eu estivesse com você, eu não teria conhecido o ex de 19 anos, não iria querer namorar e aprender a lição mais doce dos meus quase 18 anos: eu não sirvo pra namorar, pra relacionamentos sérios e sabe por quê? Porque eu nunca gostei de ninguém que me fizesse servir pra isso, ninguém que me fizesse sentir saudades todos os dias e mostrasse com o maior sorriso do mundo que eu estava amando. Você não era essa pessoa, nem o ex de 19 anos, ainda não apareceu ninguém aqui em casa que me fizesse sentir isso.

Eu vou lembrar de você, sempre mesmo, por mais que o cd do Coldplay volte pro porta cd e nunca mais seja tocado, você existirá aqui dentro, suas digitais estarão marcadas no meu dvd do Keane e eu não me importo. Você me fez sofrer, claro que fez, eu sou muito mais que você (é o que me dizem “você é muito pra esses garotos”) mais eu não me importo, eu não gosto mais de você...mais tenho você pra sempre na minha vida.

Por enquanto eu fico aqui no meio da estrada, rindo com todos os meus amigos, tendo casos ali e aqui, perdendo o fôlego com atores de cinema, chorando horrores assistindo filmes que mostrem tanto a minha vida e lembrando de você.

Eu estou no meio da estrada, dando tiros na Lua, no céu, em sorrisos e na vida enquanto espero alguém que complete minhas maluquices aparecer e me levar pro resto da minha vida.

ps da narradora:

meu namoro mais longo: 2 semanas.

[ 20h44: conversas avulsas no msn, apostilas abertas, gripe do inferno, new moon soundtrack]

Stay beautiful.

Shooting the moon_ok go

domingo, 11 de outubro de 2009

sonho I

ou apenas The Strokes.

Na pequena pista de dança com as luzes piscando sem parar, ela virou para uma amiga e disse:

-Se tocar Strokes hoje eu bebo 5 doses de tequila.- A amiga, claro, riu dela duvidando da sua promessa de tequila. Quando “Heads Will roll” terminou, ela sorriu para a amiga e aguardaram o começo da nova música e então, a guitarra e a bateria irreconhecíveis de “The end has no end” começaram a ressoar, ela sorriu e se jogou na pista, balançando os braços no ar, fazendo uma dança com os pés que só ela sabia fazer e cantando bem alto, pra todos ouvirem sua voz no meio daquele barulho: "Can't you find some other guy? oh no!” .

Do outro lado da pista, encostado no balcão ele a encarava, observando cada movimento dela, vendo ela cantar muito alto e se encantando pela beleza que emanava dela. Do outro lado da pista ele se encontrava pra provar a ela que ela poderia encontrar outro garoto sim.

Planejou uma conversa mentalmente com ela e quando caiu em si, a música já tinha acabado e ela acompanhada de outra amiga vinha em sua direção, acendeu um cigarro e sorriu pra ela mais ela passou reto pelo sorriso e foi em direção ao barman pedindo 5 doses de tequila.

- 5 doses de tequila?- o barman indagou abismado. - e só pra você menina?! Tu é doida ou quer sair daqui morta?- ela riu e respondeu gentilmente.

- Tudo por Strokes, tudo por Strokes.- o barman riu com aquilo e foi preparando suas doses de tequila. Enquanto ela esperava se virou para a pista, começou a cantarolar a música que tocava e ao olhar pro lado enquanto cantarolava percebeu que a sua amiga não estava mais ali ao seu lado e sim desentupindo a boca de um garoto bem novinho aparentemente, deu de ombros e se virou para o balcão.

Ele a encarava sem ela perceber, se sentia nervoso porque nunca se interessava por garotas como ela, mais ela tinha algo diferente, aquela alegria de ouvir Strokes e dançar com os olhos fechados não se importando com o resto, aquilo realmente chamou a atenção dele, porque todas ali eram iguais, ouviam The Killers e gritavam “Aaaaah Killers”, ouviam Muse e “Aaaaah Muse”, ouviam Pixies e “Nossa que foda!Pixies” mais ela não, ela não gritou The Strokes, ela cantou bem alto e sorriu, o tipo de sorriso que ele gostava.

E então, ela se virou e o viu ali a encarando descaradamente.

Ao se virar para o balcão seus olhos acabaram encontrando algo, ou alguém, alguém que a encarava. Alguém com cabelos castanhos bagunçados, jaqueta de couro preta, all star, calça jeans clara e um cigarro acesso intocado na mão. Alguém com um olhar diferente. Ela acabou sorrindo com o pensamento idiota “olhar diferente” e viu ele sorrindo pra ela. Ficou presa ao sorriso e ouviu lá no fundo alguém falando algo sobre tequla. “Ah não! Não posso me mostrar uma bêbada pra ele, merda”.

- Guria, tuas doses de tequila- ela se virou sem graça para o barman e agradeceu. Olhou para o cara que a encarava e notou que ele tinha se aproximado dela e ainda a encarava. Ela tomou a primeira dose, a segunda dose, a terceira dose e sacudiu a cabeça e o ouviu rindo, tomou a quarta dose e com muito sacrifício tomou a quinta, batendo o copo no balcão mostrando a sua bravura.

Ele riu quando ela bateu o copo no balcão, se aproximou mais dela que o encarava com um sorriso brincando nos lábios, abriu a boca pra falar mais sentiu uma ardência nos dedos da mão esquerda.

- Ai cacete!- foi o que ele pronunciou jogando a bituca do cigarro intocado fora- Maldito cigarro- ele completou, esfregando os dedos na jaqueta. E ouviu a risada dela. - Ta rindo de mim,é?!

-Tô sim, nunca vi alguém acender um cigarro, não fumá-lo e queimar os dedos com ele. - ela riu mais um pouco, flertando é claro.

- Eu tava distraído- ele a encarou, vendo claramente as feições dela, cabelos não muito curtos castanhos, a franja clássica, all star, calça jeans escura e uma camiseta é claro dos Strokes. E os olhos castanhos claros dela carregavam um brilho.- Quase que enfeitiçado.- ele sorriu. Ela quase desmaiou.

- Enfeitiçado? – ela deu mais um passo se aproximando dele. Ele foi mais rápido e chegou mais perto dela, sentindo o hálito de tequila no seu rosto. “sem rodeios”, ele pensou.

- Que gosto tem a tequila nos seus lábios?- ela sentiu o hálito de cigarro no seu rosto e não se incomodou com isso.

-Não sei, prova.- e sem esperar, ele colou o corpo dele no dela e se beijaram. E quase como que mágica ou apenas confusão The Strokes começou a tocar de novo. Calma, eu explico: o DJ confundiu sua set list e pensou que não tinha tocado The end has no end ainda, repetiu a música, a galera não reclamou, então, estava tudo certo.

Ela sorria mentalmente de olhos fechados, ele, Strokes e tequila. Só podia ser sonho, o trouxe para mais perto dela e prolongou o beijo deles.

Abriu os olhos, tinha sido um sonho.






A música tocava ainda. E alto.

Não tinha sonhado.

Ela podia sentir o gosto de cigarros na sua boca e o viu sorrindo para ela.

Ás vezes as coisas mais perfeitas duram uma vida inteira, 3 anos, 26 anos, uma viagem de ônibus, 45 minutos ou apenas uma noite. Às vezes pode-se encontrar alguém que você precisa em 3 anos, 40 segundos, numa noite ou no decorrer de uma música.

Ela encontrou em uma música. E melhor, em uma música do Strokes banhada de 5 doses de tequila.







Um ps da narradora:

você sabe que é pra você,minha melhor amiga, irmã mais velha, madrinha dos meus filhos, madrinha do meu casamento, a amiga que espera meus 18 anos, a causadora de muitas risadas. a melhor amiga que eu encontrei na minha vida.a amiga que sempre será lembrada quando The Strokes tocar em algum lugar, sempre mesmo.


[semana incrível, relacionamento no orkut alterado e muitas risadas nesse domingo com sol, graças!]


ouvindo: the strokes_the end has no end/yeah yeah yeahs_heads will roll/


domingo, 4 de outubro de 2009

domingo II

Domingos nunca caem bem, pois é o dia anterior a segunda-feira, as pessoas vão trabalhar, vão estudar, vão encarar problemas, escutar a mesma ladainha, pegar ônibus cheio, enfrentar o transito, metrô lotado, passar frio porque não colocaram muitas blusas ou passar calor porque colocaram muitas blusas. Mais por um lado domingo tem gosto de nostalgia, de ressaca, de família assistindo jogo de futebol, de pizza requentada, de conversas no msn, de romances lidos no quarto, de casais andando de mãos dadas no shopping, de pessoas fazendo compras no supermercado, de fazer visita, de solteiros(as) assistindo filmes em casa enquanto comem pipoca de microondas, de mães solteiras fazerem as unhas assistindo televisão, pessoas fazendo relatórios pro chefe ou estudantes fazendo trabalhos em cima da hora. Domingo é dia de o padre ouvir confissões, dia de dormir ao lado de uma pessoa sem cansar, é dia de ir à feira, de escutar musica trancada no quarto, de ver a família reunida na sala, de fazer planos pra semana inteira, de sentir saudade, de alguma maneira contar as horas pra ver algumas pessoas. Domingos são bons e ruins, duas medidas.

Um domingo se destaca para a narradora:

04 de outubro de 2009.

Ouvindo Kate Nash enquanto pensa na grandiosidade do domingo. Esse domingo é sobre mim e você. Essa data é nossa, não importa o que vá acontecer ainda, o que o futuro nos reserva, esse dia nos pertence.

“(...)Mas eu tenho um amigo com quem eu gosto de ficar. A qualquer momento eu posso encontrá-lo, eu gosto de dormir em sua cama, gosto de saber o que está passando pela sua cabeça, eu gosto de ter tempo, gosto da sua mente e eu gosto quando sua mão está na minha. Eu gosto de ficar bêbada durante as músicas na praia, gosto de morango, gosto de ler histórias de terror e meu coração bate mais forte toda vez que nos encontramos.

O tempo está passando e seu sorriso é quase como uma memória, mas você voltou e eu estou bem, pois você está comigo e, eu estou apaixonada por você. E eu não consigo encontrar palavras pra fazer isso soar bem, mas, honestamente, você me faz forte! Eu não consigo acreditar que encontrei alguém como você, espero que continuemos assim porque você é tão legal e eu estou apaixonada por você.”

(tradução música I hate seagulls_Kate Nash)

[romântica demais, eu acho. Boa semana ai povo]

Stay beautiful.