terça-feira, 8 de setembro de 2009

ficções de adolescente II

Fez o chá, colocou em duas xícaras e esperou durante três horas ele chegar. Ele não chegou, então pegou uma das xícaras, colocou inseticida dentro e bebeu. Ao cair no chão agonizando pensou : “o chá vai esfriar, e você nem chegou”. Morreu. Três minutos depois ele entrava pela cozinha.

Escreveu com caneta prateada, na capa do álbum rosa de fotografias: “Nós dois e o tempo em que fomos felizes”. Em seguida, rasgou todas as fotos.

Colocou um casaco vermelho, penteou os cabelos, pegou o violão e saiu ao encontro da menina que falava francês. A viu no meio da multidão com um vestido xadrez sorrindo pra ele, e ali, naquele pequeno dia, pequeno momento de sua vida, ele com seus 26 anos sentiu-se então feliz.

Sozinha, cambaleou na avenida, embriagada, as sandálias com salto quebrado em suas mãos, as roupas sujas, os cabelos sujos de confetes, sozinha. Atravessou a avenida com pose, sorriso no rosto e no fim, sozinha, como sempre.

Fugiu de casa aos 6 anos de idade, pegou a carteira da mãe, o relógio do pai, sua bicicleta e saiu de casa. Foi encontrado pela policia na porta do cinema, esperando a estréia de Madagascar 3.

Abraçou a amiga que chorava, viu a estória se concretizando de alguma maneira ali naquele show com pessoas estranhas, cheiro de maconha e amigas gritando. Ao chegar em casa, escreveu o final de sua estória e dormiu enfim, feliz.

Bebia pra fugir, pra esquecer os olhos, pra esquecer que sem ele era um rio sem janeiro e um fevereiro sem carnaval. Bebia porque estava no fundo do poço e ele não iria tirá-la dali, bebia porque se sentia um nada, uma coitada, bebia porque ele estava ali naquele lugar verde, com flores e muita paz. Ela não gostava dessa paz, por isso bebia.

Tinha medo de morrer, sempre teve e quando aos 36 anos de idade se jogou do 15º andar do prédio em que trabalhava, sentiu-se em paz, sem medo. No seu rosto um sorriso de “hey, a morte não é tão ruim.não dói tanto quanto a vida”.

Foi ao baile de formatura sozinho, se embebedou de ponche, tirou o terninho azul marinho e se jogou na pista, ganhando destaque pela primeira vez em 10 anos. Agora é considerado o King of the night do bairro.

Passou batom, colocou as meias finas um pouco rasgadas,laquê no cabelo, nem um sorriso no rosto, saiu para a rua e esperou alguém que a levasse daquele imundice, seu príncipe encantado, o que ganhou? Um gordo em cima dela machucando-a, todos os dias a mesma dor, a mesma tristeza, sem príncipe encantado. Ainda.

Formavam um casal silencioso, de rotina acomodada e sexo mediano. Um dia houve um incêndio na cidade, que acabou por matar todos os habitantes, exceto o homem e a mulher, que resolveram aproveitar o colorido das chamas (um sinal?) para amar-se abrasadoramente no telhado prestes a ruir.

Priii V.

[ o relógio marca 20:20,q bizarro! anyway, chove lá fora, chove lá fora, Iron & Wine ressoa aqui dentro, a voz da Tv alta da sala consegue me acalmar, noite preguiçosa,viu?!]

stay beautiful.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

pra você, QUERIDA.

pra você que já encheu demais meu saco com seus posts idiotas.

(inspirado em fatos reais, trechos de um outro texto.)

Daqui te vejo turva, até diria suja. Diria, mas não digo. Não a alguém que sequer sabe ouvir. Te vejo tentando sujar a imagem que eu tenho, e você nem me conhece, você nem sabe como eu sou. Te vejo lutando no meio de 30 alunos pra espalhar fofocas, como a de que eu tenho um blog pra falar mal da sala, e sabe, minha querida, eu realmente não preciso disso, não vou gastar meu dom de escrever (coisa que você, definitivamente não tem) descrevendo a sua roupa, a roupa da sua amiga, a frase idiota que alguém da sala disse...sério mesmo, minha vida é significante, meu tempo também.

Antes de você existe o seu medo, então o disfarce para o medo, depois um disfarce para esse disfarce e só então uma sombra de um protótipo de qualquer coisa pra esconder tudo. Você se esconde, você mente, está perdida aí dentro.

Morra, tente morrer, mesmo que superficialmente, se esse é o seu modo. Mostra esse teu sangue de groselha, viva a sua insignificância, mas viva algo. Sinta alguma coisa. Você é rasa. Você é um número. Você é um resto de confete sujo que alguém chutou para baixo do sofá. Você dança abraçada a uma almofada no fim da festa, o olho sujo de tinta derretida, amarga. Isso quando ninguém está olhando.

Ai está você, parada nessa sala, no canto olhando ao seu redor sem conhecer um olhar amigo, porque você sabe que até a sua nova amiga um dia já te odiou e porque todos os seus amigos foram embora por você ser assim, e eu sinto muito por você. Não me culpe se eles vieram pro meu lado da janela, você causou isso. Antes te explico que, nunca falei mal dela e dele, eles sempre tiveram um espaço no meu coração, e eu lutei pra tê-los ao meu lado de novo, nunca fiz questão de você mais sabe, senti dó de você quando você ficou sem falar com a sua amiga ai e ficou sozinha na sala e ai no meu aniversário nós te chamamos pra comer do meu bolo e você veio, e se enturmou e falou mal da sua amiga de agora, é claro. Hey,todo nós somos de carne e osso, e temos um coração e nesse coração tem uma parte de maldade, eu tenho essa maldade e você que não é melhor que ninguém nesse mundo tem essa maldade também. Então sim, você não presta e eu também não. Mais hey! Você não fala as coisas na minha cara, nunca gostou de mim- pessoal desde 2007- mais toda vez que eu tentei de suportar você aceitou numa boa e então eu pergunto,querida, quem é a falsa? Eu, você, a sua amiga, minhas amigas ou seus ex- amigos? Somos todos iguais, você não é melhor que ninguém naquela sala, pode difamar minha imagem pela internet, eu não me importo e sabe por quê? Porque eu tenho amigos que não acreditam nas suas palavras, que não dão a mínima pro que as suas palavras sem sentido, como “Carmo” querem mostrar. Me desculpe, mais você é assim. É essa a imagem que você me passa.

Vive, tenta viver. Sabe, falo mal de você mesmo, não me importa, você é uma poeira naquela sala, uma poeira que usa poncho feio, usa os termos “pessoinha” e “ vadiazinha” pra me ofenderem, mais eu creio que isso é a marca das pessoas que estão no fundo do poço e recorrem a baixaria pra sair por cima...mais não, isso só mostra às pessoas como você é fraca, a mais insignificante naquela sala de 30 alunos, você não tem amigos como eu tenho, não é admirada e não entende que os 3 meses que estão por vir ainda serão os melhores.

Beba, cheire, injete, bota algo aí dentro, um sopro, densidade. Algo que corra e te arraste junto. Ou então desaparece. Ache uma estrada, segura na mão de algum cara da sua banda favorita e vai. Esqueça as historinhas que inventou. As mentiras. Leva essa insipidez, o gosto musical equivocado, o corte de cabelo sem propósito, a meia dúzia de opiniões vazias. E vê se some da minha frente.

Dicionário da agressão (?) e da burrice escancarada

Carma SM. O conjunto das ações do homem e de suas conseqüências ; karma.

Carmo, não existe.

Horroroso (ô) muito ruim, péssimo, horrivel.

Orroroso, não existe.

Vadia adj. Que não faz nada, ocioso, vagabundo. Leva vida errante.

Vadiasinhas, não existe- total grosseria, ó querida!




[o relógio marca 23:30, sabe,feliz demais pra me importar com qualquer coisa. a felicidade bateu na minha porta, abri, me joguei nos braços dela e estou nas nuvens. com calor, feliz, lembrando da tarde maravilhosa de hoje. até]


stay beautiful


nos fones: deixa fudê_cachorro grande.