quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quem nunca ficou...


fazendo plano deitado na cama antes de dormir? quem nunca leu e releu um histórico de msn e lembrou como se fosse na hora? quem nunca viu uma foto e pensou como seria se você estivesse lá? quem nunca precisou ouvir um elogio pra se sentir bem? quem nunca falou alguma coisa e se arrependeu depois? quem nunca teve um sonho perfeito e ficou puto de ter acordado? quem nunca ouviu uma música e lembrou de alguém? quem nunca olhou pro celular achando que era ele(a) e era sua mãe?quem nunca cantou no ônibus?quem nunca dançou na chuva?quem nunca ficou aflita com alguma fofoca?quem nunca quis fazer um filme sobre o amor que você sente?quem nunca quis abraçar alguém que estava muito longe?quem nunca quis estar em dois lugares ao mesmo tempo?quem nunca fez festa surpresa?quem nunca tirou fotos de ponta cabeça?quem nunca dançou errado?quem nunca se sentiu triste?quem nunca se isolou?quem nunca chorou?quem nunca dançou sozinho no quarto?quem nunca escreveu uma história?quem nunca perdeu horas pensando na solução?que nunca quis conhecer a lua?quem nunca quis que seu sussurro fosse alto na multidão?quem nunca terminou?quem nunca quis terminar?que nunca quis ser um rock-star?quem nunca pensou em cruzar a américa numa motocicleta?quem nunca caiu de bicicleta?quem já colou chiquete onde não podia?quem já comeu uma barra de chocolate sozinho?quem nunca quis casar?quem nunca quis namorar?quem nunca quis vagabundar? quem nunca quis ser alguém além do que já é?quem nunca recomeçou? quem nunca ficou preocupado por um motivo ridículo e prometeu que não iria mais gostar de quem te fez sofrer, mas foi em vão? quem nunca se iludiu? quem nunca teve vontade de sumir e só voltar quando tudo estivesse bem? quem nunca amou e não foi correspondido? quem nunca viu um filme de romance e quis ser feliz para sempre?
[o relogio marca 18:27,cansadinha e feliz,eu acho]
ouvindo: blue foundation_eyes on fire
e tiiiika,parabéns!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

nome.


Não importa o que aconteça, sempre estarei com você.

Não importa o que você faça, eu sempre ficarei ali olhando.

Não importa o que digam, sempre escreverei seu nome na última folha do caderno.

Não importa o porque, o porque é simplesmente o quem.





Aí hoje eu achei isso ai em algum canto, e pensei quantas páginas eu já escrevi um nome, quanto tempo eu me dediquei a esse nome. sonhei com esse nome, sofri por esse nome, me vesti pra esse nome, falei desse nome, menti por esse nome. existi alguns dias só pra esse nome.


não me importo, o tempo foi bem gasto.





[o relogio marca 21:28, milhoes de coisas pra fazer, pensamentos, assunto sério pra resolver, fofoca pra contar. ansiosa pra algum dia que vai chegar logo. querendo responder os trezentos recados da sua amiga querida e sente muito... mais o tempo come sua vida. mais vai responder, vai sim.

de pijama, ouvindo the kooks, pensando como sempre, estudando pro trabalho de história e com a certeza de que quando colocar a cabeça no travesseiro, o nome da última folha do caderno vai aparecer. como ele sempre aparece em toda noites, mesmo que ela tente não pensar, ele aparece. ela odeia esse nome, odeia. mais gosta de quem leva o tal nome. nem tudo são orquideas dona priii]


ouvindo the kooks_i already miss you.


[foto bonita e 'não mamãe,eu não estou apaixonada.não mesmo']

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

red.

Red.
Give you a reason to stay.

(Por Priscila Valéria de Oliveira, 12/11/2008)


Eu pressenti que iria me matar quando sai daquele carro vermelho.

Acordei e não vi a presença dele em lugar algum do apartamento. Corri para a sala, olhei pela janela a rua, nenhum Peugeot 206 vermelho estava estacionado ali. Senti-me tonta, corri para o sofá, deitei de barriga para cima, encarando o teto branco.
Branco, um sofá vermelho, alguns fios de meu cabelo preto em meus olhos. Cores.
Qual seria a cor da aflição?
Encarei o teto, aceitando o fato de que ele nunca ia aparecer... Não,até eu morrer. Não, não o culpe, a culpa foi minha por ter o deixado escapar de minha vida. E eu não entendia o por quê de ter deixado, sou covarde, ligo mais pro passado do que no meu futuro. Apenas com ele eu teria um futuro.
Levantei do sofá, voltando para o quarto, abri o meu guarda-roupa, vasculhei algumas roupas e calçados, achei a combinação perfeita para o dia. Se ele me visse com aquela roupa, provavelmente pensaria que eu estava tentando seduzi-lo. Eu adorava quando ele pensava esse tipo de coisa. Enquanto me vestia e ajeitava o cabelo, comecei a pensar em todas as coisas que ele gostava em mim, as minhas meias de seda, meu pessimismo, meus cabelos molhados, meus olhos verdes e meus lábios vermelhos. As cores que ele dizia que eu emanava, minha voz rouca, todos os meus defeitos, minhas sandálias, meu modo de dirigir, meus cd’s, meus livros, minhas pulseiras, minha perna roçando na dele pela madrugada e o charme que eu tinha quando fumava. Ele gostava de mim, eu sei disso, gostava não! Amava, amava meu jeito, meu sorriso nervoso, meu jeito de mexer nos cabelos, amava a nossa combinação quando estavamos juntos.
Eu queria ligar pra ele mais ao invés disso, corri para a cozinha, peguei uma garrafa de vinho, e comecei a beber, em poucos minutos a garrafa estava vazia. Procurei outra garrafa debaixo da pia e, quando tentei a abrir cortei meu dedo com o abridor. Vermelho sobre o branco.
Fui ao banheiro levando a garrafa, o dedo sangrava muito. No piso branco do banheiro, podem-se ver alguns pingos de vermelho, como neve e bolas de natal vermelhas. Depositei a garrafa em cima da pia, enquanto lavava a mão esquerda. Encarei-me no espelho, e percebi que continuava bonita um pouco magra e abalada mais ainda assim bonita. E sem avisar, comecei a chorar. Era horrível chorar, ainda mais por me sentir culpada por tudo aquilo, como uma pessoa pode gostar de evitar a felicidade? Eu evitava e eu nem sabia por que!
Eu chorei porque eu o amava mais tinha medo de admitir pro mundo isso, porque eu estava ficando velha e não tinha feito tudo o que eu queria, porque eu era cheia de problemas familiares, porque eu era vulnerável a minha própria alma, porque eu não sabia se ainda existia uma alma dentro de mim quando ele estava longe.
Peguei a garrafa de vinho, sentei no chão do banheiro, encostei na parede e comecei a cantarolar um velho hit dos anos 80 que ele gostava. Eu amava tanto ele, tanto. E quando ele me pediu para aceita-lo por completo em sua vida, eu simplesmente sai correndo. E quando nos vimos, eu briguei com ele, inventei coisas que eu não gostava nele mais ele simplesmente não queria ir embora. Ele nunca me deixaria, se eu não tivesse falado o ‘eu não te quero mais’...Ele é tão bom, que mesmo depois de ter jogado aquilo na cara dele, ele respirou fundo e ficou encarando suas mãos que seguravam o volante. O desespero bateu sobre mim, pedi desculpas, o abracei, o beijei...mais nada foi retribuído.
Esperei ele me botar pra fora do carro, me bater...mais ele não fez nada, durante 30 minutos, e pode acreditar, que um dia você terá 30 minutos decisivos para sua vida. E quando ele me olhou novamente, ele apenas disse:
- Me dê um motivo pra ficar aqui.
Quando eu lembrei disso no banheiro, a garrafa de vinho já estava vazia, sentia-me tonta e melancólica. E sabia, que tinha chegado a hora.
Cacei um batom vermelho ali no banheiro, escrevi um bilhete no espelho ‘ele me ama muito, loucamente. Assim, como eu o amei’. Ele entenderia, fiquei imaginando se ele choraria com a beleza da cena.
Passei lápis preto, e ri lembrando que ele não gostava quando eu passava maquiagem, passei do mesmo jeito, passei as mãos pelo cabelo novamente, olhei para mim, meus olhos, meus lábios. Era eu ali, a que pertencia a ele.
Uma garrafa se quebra.

Eu só queria ter dado um motivo para ele ter ficado, mas eu sai pela porta e, nunca mais verei aqueles olhos pretos que me causavam arrepios. Nunca mais serei o que era antes dele, não encontrarei outro amor, nunca mais. Era só, eu, ele e nossas cores.
Era apenas um motivo e eu tinha vários mais eu não dei, covarde. E agora, eu estou vestida com o vestido preto que ele me deu no meu último aniversario, com os cabelos pretos caindo delicadamente nos ombros, os olhos verdes combinando com o preto do lápis, os lábios vermelhos com cheiro da bebida que ele amava, usando a sandália que ele mais gostava, sentada nesse piso branco frio, borrando meu corpo com um vermelho com ar de vida e morte: sangue.
Sem perceber, lhe dou um motivo para ficar: as cores, o vermelho mais lindo que eu poderia lhe dar, a combinação perfeita, entre vermelho, preto, branco e verde.
O motivo era esse: as nossas cores.

Ele ama vermelho e eu o amo.



escrito dia 12/11/2008. baseado em uma menina saindo de um carro para manter-se forte, em uma parcela de raiva,culpa, na chuva desse dia e em death cab for cutie.

[o relogio marca 22:18, exausta, triste, alegre. sentada com as palaras cruzadas, cadernos abertos em cima da cama, a franja cai nos olhos preguiçosos, está sem óculos, sem pulseiras, sem anel, apenas os cabelos soltos e o esmalte vermelho em suas mãos. ouve death cab for cutie, tentando encontrar um motivo para tudo isso. mais está muito cansada, vai deitar, ouvir death cab e acordar diferente. é o que ela espera;uma decisão.]

do mais, stay beautiful.

::deah cab for cutie_a lack of color::

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

eu lembro.

eu me lembro de escadarias, de esquinas mal recortadas e pedras redondas, eu me lembro de você, eu me lembro do dia em que chorei dentro de um ônibus, eu me lembro de uma coisa grande que eu perdi num novembro remoto, eu me lembro de ter acordado de madrugada, aberto a janela e gostado da cor do céu, eu me lembro de coisas que eu queria esquecer, eu me lembro de tudo que eu quero guardar pra sempre, eu me lembro da música que mais me fez bem em tocar no violão, eu me lembro do meu melhor aniversário, eu me lembro daquele dia no parque de diversões, eu me lembro da onda que me arrastou, eu me lembro de ser a mais nova da turma, eu me lembro dos meus primos chegando da maternidade, eu me lembro do meu último natal feliz, eu me lembro da cara do garoto que me assaltou, eu me lembro daquele dia no shopping,cinema,show,praia e bar, eu me lembro quando me mudei para esta casa, eu me lembro de quando consegui essa cicatriz na mão, eu me lembro da minha melissinha vermelha, eu me lembro daquela tarde de domingo, eu me lembro de ter plantado uma muda de árvore, eu me lembro de ter enterrado o passarinho que caiu morto no meu quintal, eu me lembro das noites mal dormidas, eu me lembro dos livros viciantes, de musicas ouvidas mais de três vezes, eu me lembro da tempestade, eu me lembro de quando eu acreditava em amor, eu me lembro das cartas nunca mandadas, eu me lembro do dia em que eu quase engoli uma tampinha de garrafa, eu me lembro de ter passado mal de tanto rir, eu me lembro de ter passado mal de tanto chorar, eu me lembro da primeira ressaca, eu me lembro das sextas em que viviamos juntas com o drama dentro da tv, eu me lembro de todas as bandas que descobrimos, eu me lembro de todos os telefonemas,cartas,abraços, 'eu te amo' e 'boa noite' pelo telefone, eu me lembro das piadas, dos melhores dias de chuvas, eu me lembro das noites em frente ao pc lendo O livro, eu me lembro de ficar feliz ao ler milhões de scraps de uma amiga, eu me lembro de todos os all star, calças jeans e cabelos, das manhãs mais estranhas e escuras, das manhãs mais torturantes,eu me lembro de todos os sofrimentos, de todos os meus textos, músicas e brigas,eu me lembro das férias, eu me lembro de ir ao cinema sozinha,eu me lembro do primeiro cigarro escondido, eu me lembro de ter visto killers na minha frente, eu me lembro da companheira heinecken,eu me lembro de todos os palavrões,eu me lembro do melhor outono da minha vida, eu me lembro de todas as minhas pessoas, eu me lembro de todos os meus medos, eu me lembro da vez em que caí e ferrei o joelho pra sempre, eu me lembro de tudo, principalmente às sextas feiras.

eu lembro.e isso me deixa feliz.


[ o relogio marca 16:24, um pouco estranha, os cabelos presos com um antigo lenço, óculos no rosto, aneis nos dedos da mão direita, não sorri, apenas canta e escreve. pensa no que irá acontecer nos próximos dias, contando dias pra dezembro, contando dias pra domingo. pensa o que irá fazer hoje a noite, que sonhos terá, que sorrisos sairam de sua boca. feliz com a chuva que cai lá fora, vontade de sair lá fora e dançar na chuva. chuva a coisa mais linda no seu mundo. feliz, porque a chuva lá fora vai lavar o que tem de estranho dentro dela.]

::motion city sountrack_fell in love without you::

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

protesto pela delicadeza.


· Que ele venha silencioso, calmo, andando devagar e falando baixo. Que seja acompanhado por rosas, lírios, camélias, girassóis e toda a sorte de flores do mundo. Que o cravo não brigue com a rosa embaixo de uma sacada. Que a rua esteja limpa e que haja mais cores do que cinza. Que as músicas sejam clássicas, chorinhos e roques leves, que não haja gritos, que sejam harmoniosas. Que as lágrimas não venham juntas e que os tambores sejam tocados tão suavemente que quase não sejam ouvidos. Que os bebês parem de chorar para vê-lo passar. Que os abraços não fiquem trancados nas gavetas. Que, por favor, Não haja xingamentos. Que não aconteçam esbarrões, que andem todos sempre prontos para sorrir. Que não falem besteiras, nem asneiras, nem palavras que não devam ser ditas. Que as festas sejam todas com motivos infantis. Que os elefantes comam sem ser interrompidos. Que o sinal não fique vermelho porque não há carros para atrapalhar. Que a raiva sempre passe mais rápido do que o esperado. Que o esperado aconteça. Que esteja sol. Que faça um calor suave e gostoso de sentir na pele. Que os beijos sejam calmos. Que nunca mais haja puxões de cabelo, mordidas agressivas, beliscões e tapas na cara. Que o mar seja limpo. Que não aconteçam mais mortes sem razão. Que os sorvetes sejam coloridos. Que haja beleza em tudo o que for feito. Que o amor realmente jamais acabe.



[o relógio marca 18:43, o cabelo bagunçado não incomoda, a dor de cabeça também não, o msn offline incomoda, a conversa pelo msn incomoda, o e-mail mandado hoje pesa, as risadas dos três dias não incomodam, nem os abraços, nem a ressaca, nem a bebedeira, nem a falta de sol, nem o amanhecer do dia ao lado dos amigos, nem as piadas, nem as músicas, nem a cozinha cheia, copos cheios e vazios, nem as brigas, a volta para a realidade incomoda,a felicidade de três dias não incomoda, nenhum um pouco. Completamente com a barriga cheia, com preguiça, pensando em pensamentos avulsos e muito confuso pra sua idade, um pouco cansadinha. Mais feliz, uma felicidade delicada. Espera uma boa semana, que consiga ir ver ‘How to be’, que consiga não se meter em problemas e não se preocupar com os que já existem].

Do mais, Stay beautiful.


::damien rice_9 crimes versão demo::

Is that alright?Give my gun away when it's loaded.
Is that alright?If you don't shoot it how am I supposed to hold it?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hey Pai!



Senti sua falta esses dias aqui em casa, eu sinto falta de você aqui em nosso lar.
Houve momentos tristes que nunca poderam ser apagados mais tivemos tantos momentos alegres que eu prefiro lembrar deles, pois eles sim, me confortam quando a sua ausência incomoda.
Sabe, eu sempre lembrarei das nossas risadas, da sua risada a noite quando eu contava minhas piadas e histórias bobas, dos filmes que víamos juntos nos dias de domingo, de você me vendo aprender a tocar violão, me vendo cantar ou roubando algum cd original teu para colocar em meu porta cd.
Das bandas que você me mostrou, de ver o dvd do Pink Floyd quando você comprou, cantar ‘ eu vou partir pra cidade proibida Margarida, arranjar meio de vida Margarida, pra você gostar de mim’ com você, das manhãs de sábado que enquanto ajudávamos a mãe a arrumar a casa ouvíamos seus Lp’s(que eram praticamente da familia), quando você me zoava quando eu não sabia cantar inglês certo ainda, no quanto você me elogiou quando eu cantei certinho em inglês Strawberry Fields. Quando você me buscava de carro a noite e ouvíamos ‘ Mesmo que mude’, quando era seu dia de pagamento e eu faltava na escola pra poder ir com você pra praia e você sempre me lembrava de levar meu porta cd. E sempre ouvíamos You only live once, ‘quero uma garota que já tenha sexperienced...na cara dura vou te dizer que essa garota pode ser você, desde que tenha sexperienced, com nossos óculos escuros iguais, bebendo coca- cola e comendo doritos. Eu rezava pra chegar o dia do seu pagamento, eram os melhores dias do mês.
De quando fomos na Galeria do Rock, você quase chorou quando achou o cd do Restos de Nada e riu quando eu lhe implorei pra comprar uma camiseta que dizia ‘I want Rock, baby. Quando íamos almoçar no Mcdonald’s, sempre pedíamos o Big Tasty e mesmo assim depois, reclamávamos de fome.
Quando você elogiava minhas roupas doidas, adorava meus all star e ficou super feliz quando eu fui no show da Cachorro Grande. E sim, quando você implicava que eu estava ouvindo demais Los Hermanos e tirava o cd escondido de mim e colocava o dvd da Bidê ou Balde e Cachorro Grande e quando você mandou o DJ da minha festa de 15 anos tocar Hey amigo’.
Sempre lembrarei de você, dos seus sermões nas horas certas, do seu bom humor em dias de domingo, dos seus cigarros, dos seus dvd’s, da sua voz me acordando todos os dias ‘Filha, já é 5:40’ e da sua voz bonita cantando de manhã.
O mundo nos separou para o nosso próprio bem, eu não me entristeço por isso. Eu só sinto saudades de você quando eu acho uma banda nova ou vou ao cinema...e os domingos são os piores dias. A casa é vazia em você aos domingos, eu sempre saio aos domingos, ficar nessa casa aos domingos me dá náuseas...eu prefiro fugir. Eu sinto saudades de você sim e sempre sentirei. Eu sei que você tá bem, que eu posso te ligar todos os dias, só pra ouvir o seu ‘Fica com Deus, filha’ porque isso me acalma.

Eu sinto falta dos nosso óculos escuros, dos doritos, da coca- cola, do Corsa descendo pra Santos e de você cantando bem alto ‘Heeey eu quero ser seu amigo de novo’.

Eu te amo pai. Sempre.

Pai, essa é pra você:

Hey, eu quero ser seu amigo de novo
Hey, eu quero ser seu amigo de novo
Porque a gente sabe, que a gente sabe demais, sobre nós dois
Conte comigo se você precisar, de um amigo para desabafar, noite e dia, toda hora pela madrugada
Hey, eu quero ser seu amigo de novo
Hey, eu quero ser seu amigo de novo
Porque a gente sabe, que a gente sabe demais, sobre nós dois
Talvez você não irá encontrar, alguém com quem você possa falar, noite e dia, toda hora pela madrugada


[ o relógio marca 22:12, ouvindo death cab, to chorando e os óculos escuros que meu pai me deu se encontram em cima do ‘Brida’. Essa semana, eu achei meu óculos escuro e eu fiquei tão feliz, não só pelo fato de eu amar ele...mais sim, porque ele é o presente que mais me liga com meu pai. No outro dia fez sol, e quando eu o coloquei em meu rosto...eu me senti tão tranqüila e me deu uma imensa vontade de chorar e depois de arranca-lo do meu rosto e joga-lo pela janela do ônibus. Agüentei. O óculos esta seguro aqui, me olhando.
Amanha é sexta, a Si vai vir pra cá gravar o nosso cd super indie, sábado festa a noite e domingo, dia de fugir.
Mesmo chorando, to feliz mesmo.]

Do mais,
Stay beautiful.

ps: daisy duke! Que refrão pegajoso! Hauhauhauhuaha
ps2: ‘what sarah said’, triste e linda.
Ps3: kids do ‘mgmt’ tão eletrizante.

:D

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

tika.

Eu fiquei pensando hoje sobre o que eu iria escrever aqui hoje, não que eu me sinta obrigada a escrever todos os dias aqui mais eu não tenho nada pra fazer até a estréia de Crepúsculo nos cinemas.
(bleh)

Hum, ai eu resolvi escrever sobre uma pessoa. É, eu acho que ela é uma pessoa, às vezes eu paro pra pensar se ela realmente existe...mais ai eu recebo algum recado novo dela e penso ‘ela existe sim’. E ela me ligou sábado passado, e foi tão legal ouvir a voz dela.
Eu recebo uns trezentos recados dela por dia, eu mando os meus a tarde e ela os responde pela madrugada... Às vezes a gente se encontra de tarde e quando ela chega da escola (sim, no outro dia eu vou acabada pra escola mais eu não me importo), e quando eu vejo que tenho recados dela eu me sinto tão bem. Eu queria ter a conhecido antes, queria mesmo, mais eu acho que Deus a colocou no meu caminho na hora certa.
Ela entrou na hora certa na minha vida, sim, ela me ajudou no processo recuperação-estupida.

Eu a conheci dia 29 de julho, numa comunidade de Crepúsculo. No tópico, nós começamos a conversar e em seguida eu pedi que ela me adicionasse no orkut, e ai o primeiro surto: ela gosta das mesmíssimas bandas, mesmíssimas coisas que eu,mesmíssimos vídeos e mesmíssimas frasesinhas ‘you’re so naive yet so’.
Ai ela me adicionou e desde então, tive um dos melhores meses da minha vida. Eu não consigo imaginar minha vida sem ela já, ela sabe quando eu tô mal lendo um scrap meu, ela lê meus e-mail enormes e me ajuda a me curar, ela gosta de kate nash, passamos três dias escrevendo uma fic hilária, já roubamos bandolins e assistimos um filme juntas.
Ela me apresentou uma banda que me deixou viciada, ela já chorou pelas mesmas coisas que eu, eu já chorei com um depoimento dela e com alguns scraps, ela me chama de ‘pripripri’, ela já escreveu um conto maravilhoso, ela gosta de tudo o que eu gosto, ela odeia sol, já sofreu por um babaca, ela é furona, a voz dela é bonita e ela lota meus recados com fotos.

Eu acho que eu não sei tudo sobre ela, mais eu gosto dela já sabendo esse pouco. A amizade dela me faz bem, me conforta e sei lá, enche algum espaço do meu coração. E eu espero que eu a tenha sempre lá na casa dela, me mandando palavras ... porque as palavras dela de algum jeito me ajudam ou algo assim.

E ah sim, ela é esposa do Rob Carmine.

E cada vez que eu leio as coisas que ela me manda, as feridas do passado vão sumindo.

“Somos responsáveis pela Terra inteira, porque não sabemos onde estão as Outras Partes que fomos desde o inicio dos tempos;se elas estiverem bem, também seremos felizes.Se estiverem mal sofreremos, ainda que inconscientemente uma parcela desta dor.Mas sobretudo somos responsáveis por reunir devolta, pelo menos uma vez em cada encarnação, a Outra Parte que com certeza irá cruzar o nosso caminho.Mesmo que seja por instantes, apenas;porque esses instantes trazem um Amor tão intenso que justifica o resto de nossos dias”
Brida Paulo Coelho
(Enviado por ela em 13/10/2008)

priiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito
taum triste agora!!!!!!!!!!!!!!!
vc nao pode ficar triste, vc eh especial dmais, vc eh boa dmais vc eh maravilhosa dmais, nao eh justo
vc eh a luz que nunca se apaga de muita gente eh em vc qu as pessoas se apoiam eh em vc que elas buscam consolo!
Vc eh a garota certa, voce e todo mundo tera um final feliz porque se nao tiver, nao sera ainda um final!
eu adoro vc!

(Enviado por ela em 12/10/2008)

Sim, ela existe e me faz muito muito muito bem. Ou algo assim.
E obrigada por existir.





[antes de tudo: Tika, eu te adoro muito e eu tinha que escrever isso pra você, sério.].

[o relógio marca 11:12, acabei de acordar, to gripada, ouvindo moptop, com muita preguiça, cheia de lições pra fazer, querendo ver Closer e com muita fome. Tentando criar coragem pra começar o dia, com muito calor e com muita fome(eu já falei isso né?).
Do mais, to muito feliz. Mesmo.]

Stay beautiful.

'Vou sair.
Vou tomar um porre.
Vou sair.
Vou criar desordem.
Até o sol nascer.
Até eu me esquecer.
Te peço só um pouco de silêncio agora.
Bota aquele disco que a gente adora.'

::moptop_como se comportar::

terça-feira, 14 de outubro de 2008

2x2



Gostar é gostar muitas vezes, de todas as formas possíveis. É mostrar que você pode gostar de uma pessoa depois que ela assumir a forma original, e não aquela que você imaginava que era a dela. Não encare como calúnia se as qualidades variarem com o passar dos dias, meses, anos. Leva mesmo muito tempo até a gente conhecer tudo aquilo que um dia escolheu pra si julgando ser o melhor. Escolhemos todos os dias, na verdade. Basta saber se o melhor pode mesmo ser o seu melhor pra sempre, independente das surpresas que traga, independente das mudanças que sofra. Porque gostar, desculpe decepcionar os inflexíveis aí, é ceder. Nem muito, nem pouco. O suficiente.

Apenas esse espaço suficiente para que o outro possa abrir os olhos e respirar e para que você possa colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.

Um espaço maior que 2×2, onde os dois possam sorrir, e só.




[o relógio marca 16:48, com alguns trapos chamados 'roupa', morrendo de calor, ouvindo rooney bem alto. com uma grande preguiça, pensando seriamente em ficar deitada de cabeça pra baixo, pensando em que roupa eu vou sair hoje, um pouco de estresse -maldito sol-,pensando que devia ter escrito um texto de gente e não esse tico de palavras ai em cima. não me importo. com a triplice aliança na cabeça me atormentando ainda, vontade de ficar sem fazer nada. é isso é uma boa. e com muita vontade de tomar uma enorme taça de sorvete e depois comer um croissant de quatro queijos da cantina da escola e com muita vontade de ler lua nova mais não quero que o livro acabe tão cedo assim,pensando o que fazer pra preencher os tres dias sem aula dessa semana(hum, dormir até tarde é bacana)...e com vontade de ver o final de uma fic ai, e de ficar escutando rooney no resto dia. sem me importar com nada. é, estou de folga de pensamentos ruins hoje. eu mereço \o/]


do mais,
stay beautiful
(;

domingo, 12 de outubro de 2008

there is a light that never goes out.

Hoje pela manhã o telefone tocou minha dor de cabeça quase me fez chorar de dor. O telefonema me abalou mais do que a dor de cabeça, eu não pensei, apenas sai de casa. Alguém precisava de mim e eu não sabia o que fazer.
A minha amiga por fora parecia firme, mas por dentro eu acho que nem ela sabia como estava eu tive medo de como ela estaria. Tive medo dessa tempestade em cima dela, eu queria ter dito milhões de coisas a ela, ter curado a dor no coração dela.
Mais como eu curaria o coração dela se o meu doía? A dor era a mesma, eu podia sentir a dor que ela sentia, já senti isso antes e a dor dela parecia atingir cada pedacinho do nosso mundo, eu queria ter abraçado ela, queria ter dito: ‘Hey, tudo vai melhorar agora, veja pelo lado bom’ mais eu não consegui... Porque eu sei que ela é esperta e sabe que meu silêncio é uma forma de respeito aos sentimentos dela. Ela sabe que a tempestade irá trazer um final feliz, ela terá um final feliz. É eu devia ter dito isso a ela.
Escrevendo agora, eu percebi quantas coisas eu me privei porque uma força maior me impedia.
Eu devia ter dito às pessoas que meu sussurro um dia seria alto, que a dor na minha mão esquerda fazia meu coração sangrar, devia ter mandado o mundo ficar quieto enquanto eu tocava violão, enquanto eu chorava, devia ter dito ‘eu te amo’ quando tive vontade, devia ter plantado mais pés de feijão quando era criança,devia ter impedido várias coisas, ter evitado saber tantos segredos, ter impedido a cicatriz, minhas lágrimas, minhas noites mal dormidas, dias de ressaca, brigas e o sofrimento dos meus pais( isso faria eles terem um final feliz).
Meus pais poderiam ter um final feliz definitivo, mas não eram certos pra isso. Ela seria mais feliz se continuasse com o namorado loiro da sua sala da 8ª série e ele se ficasse no Rio de Janeiro encontraria a garota morena ideal. Mais não, eles optam por algo novo.
Eu ainda vejo meus pais jovens, no local em que se conheceram. Ela está linda com uma saia rodada verde e ele sorri usando uma jaqueta preta de couro. São jovens e bobos, eu queria correr até eles e lhes dizer que aquilo é um erro, dizer a ele que ela vai se tornar adulta muito cedo,vai deixar de ser tão feliz assim. Dizer a ela que ele é desleixado e terá vários vícios ruins... Dizer aos dois que eles não são certos para o outro, que serão felizes por alguns meses em determinados anos mais brigaram em todos os anos, que se separaram três vezes sendo a ultima definitiva. Eu queria correr até eles e dizer isso a eles mais eu não digo, eu deixo eles se beijarem, os deixo namorarem e se destruírem, pois quero viver.
Minha mãe é mais feliz agora e meu pai também, são amigos hoje em dia. E eu acredito que se existe essa ‘luz que nunca se apaga’, eu acredito que ela traz consigo um final feliz para meus pais.
Eu queria ter abraçado a Tika quando ela viu o ‘Gustavo’ e a ‘Camila’ juntos, queria ter ligado pra Natalí quando ela terminou com o cara que era o certo, queria ter 18 anos pra presenciar a primeira balada da Si, queria ter falado pra Ju quando ela me ligou de madrugada que ela iria achar um cara chamado Doug pra vida dela, ter dito pra Jeni que ela não vai morrer sozinha e pra Jeh que o Rob Pattinson é um ótimo ator... Mais eu não fiz nada disso. No caso da Tika, o destino ainda não tinha colocado ela na minha vida, no da Natalí eu só soube quase três meses depois através de uma carta, no da Si só se meus pais tivessem me procriado quando minha mãe não tinha nem completado o ensino fundamental, no da Ju porque eu não sabia do futuro, no da Jeni porque eu não tinha palavras certas e no da Jeh porque eu preferi ficar calada.
Eu queria ter dito a minha amiga na hora que ela me abraçou chorando, que ela teria um final feliz, mesmo que ela tivesse que sofrer ‘a luz que nunca se apaga’ brilharia sobre ela. Mais eu não disse, faltou coragem, assim como eu não tive coragem de dizer á minha prima que eu a amava como a irmã que eu que nunca teria,só criei coragem depois de 15 anos quando mandei uma carta a ela dizendo ‘é sempre necessário, te amo Nath’. Eu posso ver a cara dela lendo a carta, ela vai ter uma ruga na testa, os olhos semi-cerrados tentando decifrar minha letra, a franja dela vai estar presa por uma presilha e talvez ela esteja chorando.
Eu podia ter dito ‘não’ para muitas coisas, ter enfrentado as coisas de frente, ter cuspido na cara dele, ter feito o namoro durar só apenas um dia e não 7 meses. Podia ter dito a minha vó que ela é a melhor vó do mundo, ao meu tio que sem ele minha vida é vazia e ter tocado mais violão em casa porque isso deixa minha mãe alegre. Devia ter deixado as lágrimas caírem quando eu cai no abismo, ter me mostrado mais frágil á eles, assim, quem sabe, eles teriam um pouco de dó de mim. Não, eu não gosto de me mostrar frágil.
Eu queria ter deixado as lágrimas caírem quando minha amiga chorou no ônibus mas eu as reprimi, eu não queria mostrar a ela que eu não conseguia me manter firme ao lado dela na tempestade. Eu sei que naquele momento ela não precisava de mais lágrimas e sim de uma mão para abri o guarda-chuva nessa tempestade.
Eu sei que todo mundo vai ter um final feliz, mesmo que eles não vejam a ‘luz que nunca se apaga’ eu acredito que dentro de cada um existe um pouco dessa luz, querendo trazer um final feliz pra nossa alma. ‘ A luz que nunca se apaga’ mostra que todos encontraram paz de espírito, alguém bom pra você amar, amigos, lugares e sorrisos que te trarão felicidade.
Mesmo que eu não tenha dito/feito tudo o que eu queria, eu me sinto bem, meu coração pode até doer, minha maquiagem pode estar borrada por causa das lágrimas mais elas não são lágrimas de dor e sim de alívio. A minha amiga terá um final feliz, eu sei disso, ‘a luz que nunca se apaga’ sabe que ela merece um final feliz... mesmo que eu não tenha dito ‘Você vai ter um final feliz’ quando eu a abracei antes de ir embora, eu senti que ‘ a luz’ dentro dela se acendeu.
Eu vou ter um final feliz mesmo que eu tenha que ficar na escuridão por algum tempo. Mesmo que o mundo tente o contrario, todos terão o final feliz que ‘a luz’ planejou.

‘A luz que nunca se apaga’ existe em todos e quando chegar a hora ela brilhará, trazendo finais felizes a todas as almas na Terra.

[o relógio marca 23:17, tô sem ânimo, coragem de secar as lágrimas e acordar amanhã pra ir pra escola. Tô com dor no coração, mais dor de dor mesmo, não dor emocional e sim física. Quero prolongar a noite pra dormir pouco, não quero colocar a cabeça no travesseiro, eu sei que eu terei pesadelos e não conseguirei dormir. Sim, estou angustiada, de ressaca e triste.
Eu senti necessidade de escrever essas coisas ai em cima, e deve ter ficado bem pessoal, eu não me importo. Eu queria ter conhecido a Tika ontem também mais não rolou, eu fiquei bem triste, sei lá queria ter abraçado ela e contado milhões de coisas mais não deu, pelo menos ouvi a voz dela no telefone, é... Completamente diferente do que eu imaginava. Eu cheguei em casa ás 6:00 da manhã e não me curei da dor de cabeça ainda. Vai ser uma semana de cão, tô até prevendo isso.
De qualquer forma, boa noite,bom dia e boa tarde pra quem leu isso ai. Eu vou pensar um pouco sobre os problemas que tive que enfrentar hoje, sim, problemas muito avançados pro meu grau de idade.]

Anyway,stay beautiful.

(Ouvindo: lisa hannigan_ocean and rock)

i keep you in the pockets of my dresses and the bristles of my brushes spin you into my curls today
I spoon you into my coffee cup, spin you through a delicate wash
I wear you all day
Thoughts of you, warm my bones
I'm on the way, I'm on the phone,
Lets get lost, me and you, an ocean and a rock is nothing to me.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

dois.

Se conheceram na porta de uma festa. Ela tinha 17 e ele 23. Ela achava que o Betle Paul era o melhor, ele achava que os Stones Richard era o melhor. Ela gostava de dançar e ele de tv. Ela queria um carro e ele uma nova tv. Ela gostava dele e ele a amava. Ela não cozinhava e ele não roncava.
Os pais dela o adoravam, os pais dele não a suportavam. Ela queria fazer faculdade e ele dinheiro. Ela gostava de sextas-feiras e ele de domingos. Ela não bebia e ele não fumava. Ela gostava de casa e ele de apartamento. Os dois gostavam de cachorros e banco de trás do carro dela.
Ela odiava shoppings e ele amava estacionamentos. Os dois gostavam de cinema e de Almodóvar. Ela amava fones de ouvido e ele caixas de som. Ela também gostava de blues e ele queria uma guitarra.
Os dois gostavam de chuva, música em volume médio, vermelho, camas de casal e livros.
Os dois tinham sonhos e desejos. Ele trabalhava de segunda a sexta, enquanto ela fazia estágio. Ela odiava novela. Ele gostava de Mtv. Os dois amavam futebol e churrasco.
Os dois se amavam de uma maneira. Gostavam de estrelas, água, o ritmo dos pingos, fórmula 1, café, roupas brancas e fotos. Ela gostava de músicas dançantes também, já ele preferia um bob dylan. Ela amava Gene Kelly ele admirava Charles Chaplin.
Os dois gostavam das manhãs de domingos, do sol batendo em seus rostos. Gostavam de brincadeiras, amigos, jornais e verde. Ele não gostava de peixe, ela amava aqueles lanches gordurosos.
Ela tinha uma coleção de botoms e ele montou uma coleção de botons pra ela. Ela não gostava de batom, ele a amava.
Tinham quatro cachorros, um carro, um cinema favorito, o lanche preferido no mcdonald’s e tinham uma música.
Ela amava ele. Ele comprou uma Fender azul,surrada mais foi nessa Fender que ele tocou a música deles pra ela.
Ela se formou em letras e ele montou uma livraria. Os dois gostavam de olhar o rosto das pessoas na sala de cinema, de risadas na madrugada, de gripe e de beijos.
Ela construiu uma vida ao lado dele, ele construiu um mundo ao lado dela.
Ela tinha cabelos longos, ele usava óculos. Ela amava sol e ele preferia frio. Os dois cantavam de baixo do chuveiro e amavam quartos.
Ela imaginava o que as pessoas faziam pela janela da sala, ele comprava flores pra ela toda segunda-feira.
Ela dizia “eu te amo” pra ele toda vez que ele a ligava e ele ligava pra ela só pra ouvir o “eu te amo” dela.
Os dois deram muitas festas, foram a muitas festas e amavam rir com as besteiras dos amigos. Os dois se amavam e isso bastava.
Viajaram pra Austrália e voltaram pra casa contentes. Compravam moveis juntos, viviam juntos, gostavam de CDS e dvds na estante da sala.
Gostavam do gasto, da falta de juízo que havia neles e de bloquinhos amarelos.
Gostavam de lembranças, de verem gente se beijando em portas de festas e de vento.
Amavam-se e, isso já é o suficiente, não?

Por Priscila.

::o relógio marca 23:05!horário de verão babe!
huhuh
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e segunda tem aula, e cursos e uiuiauia.
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em clima de nostálgia por causa do filme "august rush".
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heath pra sempre o meu coringa.
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e good night, good night.::

ouvindo,kate nash.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

sobre uma menina e um mundo dentro de um baú.


Sobre uma menina e um mundo dentro de um baú.

Por: Priscila Valéria de Oliveira. [14 de fevereiro de 2008]


Ela é loira e sabe de tudo um pouco. É uma menina normal, ri com bobagens e chora em filmes, tem vícios em seriados, vai pra escola e tem uma família como qualquer menina normal.
Mais enquanto ela vive ela imagina um mundo em que ela é capaz de tudo. Ela imagina um mundo em sua própria casa, e qualquer simples objeto pode virar uma grande coisa.
Enquanto todos dormem, ela fecha os olhos e entra no baú da sua cama. Lá dentro ela encontra um mundo, em que ela sabe tudo. Mais a menina faz seu serviço muito rápido, já pensou que bagunça seria se seus pais acordassem e não visse ela na cama?
Assim, dentro do baú, ela descobre que tecnologia e investigação andam juntas. E que o mundo dentro do baú precisa dela.
De olhos fechados ela recebe missões, ela descobre segredos. De olhos fechados ela descobre coisas absurdas, resolve casos que a policia não é capaz. De olhos fechados ela acha pistas, pegadas que foram apagadas, esconderijos. De olhos fechados ela comanda missões, sabe o que as pessoas estão fazendo em suas casas. De olhos fechados ela sabe o porquê das pessoas sorrirem e chorarem. De olhos fechados ela descobre o nome escrito nos papeis de amigos secretos. De olhos fechados ela sabe qual amigo terá uma festa surpresa.
Dentro de seus olhos ela vê soluções, pessoas, histórias resolvidas.
Dentro de seu laboratório, ela vê através de câmeras escondidas nas casas das pessoas, o porquê delas sorrirem e chorarem.
Dentro de sua casa ela imagina uma profissão e um mundo cheio de novidades.
De olhos abertos ela ri com todos os casos solucionados. De olhos abertos ela escapa das perguntas “por que você ta rindo em frente ao computador?”, “quem fica batendo no piso da cozinha”?”Ou” por que você é cheia de mistérios e sabe um monte de coisa?”“.
De olhos abertos ela espera o momento para fechar os olhos. De olhos abertos ela vê uma vida esperando a noite.
Seu nome verdadeiro eu não posso revelar, afinal, ela é uma agente secreta e o nome que ela me passou pode não ser verdadeiro. Mais ela é aquela que ri com bobagens, chora em filmes, gosta de nerdices, tem um baú em sua cama, lugares secretos em sua casa e gosta de fechar os olhos. Mais não pensem em seu nome e sim na linda maneira que ela vive a vida.
Isso é sobre a menina que vive de olhos abertos e cria um mundo com os olhos fechados.
Isso é sobre alguém especial.
Isso é sobre uma menina com sonhos dentro de um baú na cama.

Por: Priscila Valéria de Oliveira. [14 de fevereiro de 2008]
Exclusivamente escrito para o blog.

E para a menina com um baú na cama.