Or shooting the life, the sky, the smile.
Juro que depois de exatos 4 meses consegui ouvir Coldplay, você acredita? É, ouvi a música que me lembrava você “Shiver” e “Don’t Panic” a música que me lembrava nós dois no seu carro conversando sobre nossos dias extremamente banais. Criei coragem, coloquei o cd do Coldplay e tudo começou, lembrei de tudo, nossos momentos bons e nossos momentos ruins, porque você sabe, tudo na vida são duas medidas, bem e mal, doce e amargo, eu e você.
Por um momento eu esperei a tristeza tomar conta de mim, na verdade eu desejei que a tristeza tomasse conta de mim por pelo menos 5 minutos, porque eu vim me privando dessa tristeza todos esses meses, sempre colocando um sorriso, vestindo minha melhor roupa, ouvindo a música mais animada e ouvindo piadinhas enquanto via você. A tristeza não veio. E eu não reclamei, acho que só queria depois de todos esses dias, horas, minutos e segundos lembrar de você, sentir saudade de você e admitir que eu gostava de você, gostava mesmo e nem me pergunte o motivo, acho que é porque somos diferentes e de alguma forma doce e amargo se encontraram como naquelas balas que são amargas e depois ficam doces, acho que somos assim e por isso gostei de você, eu gosto dessas balas que trazem o amargo e o doce, são minhas preferidas. Você era o meu preferido.
Não, não me arrependo de ter ficado com você, nem de ter agüentado todos os olhares em cima de mim “poxa, você está com ele?! vocês? Sério?!”, de ter feito coisas que não faria com outro, nem de ter entrado no msn todos os dias depois das 20h00 só pra falar com você (nem que fosse pra brigarmos), nem de ir no cinema ver os filmes mais chatos e ver você dormindo ao meu lado e nem de ter ficado até sei lá que horas da madrugada apenas fazendo nada com você.
Lendo isso parece que eu ainda gosto de você,né?! Mais não, tudo terminou de uma forma estranha demais e por incrível que pareça eu não gostei do amargo que senti descendo pela minha garganta mais sabe, acho que isso foi bom. Sempre acreditei que nada na vida acontece por acaso, você não aconteceu por acaso, nosso primeiro beijo dentro do seu carro não foi por acaso nem nosso fim...Se estivéssemos empurrando nossa relação com a barriga, eu provavelmente não teria ido e feito inúmeras coisas bacanas, conhecido novas pessoas, ter conhecido o ex de 19 anos e sabe, isso foi o mais importante. Se eu estivesse com você, eu não teria conhecido o ex de 19 anos, não iria querer namorar e aprender a lição mais doce dos meus quase 18 anos: eu não sirvo pra namorar, pra relacionamentos sérios e sabe por quê? Porque eu nunca gostei de ninguém que me fizesse servir pra isso, ninguém que me fizesse sentir saudades todos os dias e mostrasse com o maior sorriso do mundo que eu estava amando. Você não era essa pessoa, nem o ex de 19 anos, ainda não apareceu ninguém aqui em casa que me fizesse sentir isso.
Eu vou lembrar de você, sempre mesmo, por mais que o cd do Coldplay volte pro porta cd e nunca mais seja tocado, você existirá aqui dentro, suas digitais estarão marcadas no meu dvd do Keane e eu não me importo. Você me fez sofrer, claro que fez, eu sou muito mais que você (é o que me dizem “você é muito pra esses garotos”) mais eu não me importo, eu não gosto mais de você...mais tenho você pra sempre na minha vida.
Por enquanto eu fico aqui no meio da estrada, rindo com todos os meus amigos, tendo casos ali e aqui, perdendo o fôlego com atores de cinema, chorando horrores assistindo filmes que mostrem tanto a minha vida e lembrando de você.
Eu estou no meio da estrada, dando tiros na Lua, no céu, em sorrisos e na vida enquanto espero alguém que complete minhas maluquices aparecer e me levar pro resto da minha vida.
ps da narradora:
meu namoro mais longo: 2 semanas.
[ 20h44: conversas avulsas no msn, apostilas abertas, gripe do inferno, new moon soundtrack]
Stay beautiful.
Shooting the moon_ok go