quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quem nunca ficou...


fazendo plano deitado na cama antes de dormir? quem nunca leu e releu um histórico de msn e lembrou como se fosse na hora? quem nunca viu uma foto e pensou como seria se você estivesse lá? quem nunca precisou ouvir um elogio pra se sentir bem? quem nunca falou alguma coisa e se arrependeu depois? quem nunca teve um sonho perfeito e ficou puto de ter acordado? quem nunca ouviu uma música e lembrou de alguém? quem nunca olhou pro celular achando que era ele(a) e era sua mãe?quem nunca cantou no ônibus?quem nunca dançou na chuva?quem nunca ficou aflita com alguma fofoca?quem nunca quis fazer um filme sobre o amor que você sente?quem nunca quis abraçar alguém que estava muito longe?quem nunca quis estar em dois lugares ao mesmo tempo?quem nunca fez festa surpresa?quem nunca tirou fotos de ponta cabeça?quem nunca dançou errado?quem nunca se sentiu triste?quem nunca se isolou?quem nunca chorou?quem nunca dançou sozinho no quarto?quem nunca escreveu uma história?quem nunca perdeu horas pensando na solução?que nunca quis conhecer a lua?quem nunca quis que seu sussurro fosse alto na multidão?quem nunca terminou?quem nunca quis terminar?que nunca quis ser um rock-star?quem nunca pensou em cruzar a américa numa motocicleta?quem nunca caiu de bicicleta?quem já colou chiquete onde não podia?quem já comeu uma barra de chocolate sozinho?quem nunca quis casar?quem nunca quis namorar?quem nunca quis vagabundar? quem nunca quis ser alguém além do que já é?quem nunca recomeçou? quem nunca ficou preocupado por um motivo ridículo e prometeu que não iria mais gostar de quem te fez sofrer, mas foi em vão? quem nunca se iludiu? quem nunca teve vontade de sumir e só voltar quando tudo estivesse bem? quem nunca amou e não foi correspondido? quem nunca viu um filme de romance e quis ser feliz para sempre?
[o relogio marca 18:27,cansadinha e feliz,eu acho]
ouvindo: blue foundation_eyes on fire
e tiiiika,parabéns!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

nome.


Não importa o que aconteça, sempre estarei com você.

Não importa o que você faça, eu sempre ficarei ali olhando.

Não importa o que digam, sempre escreverei seu nome na última folha do caderno.

Não importa o porque, o porque é simplesmente o quem.





Aí hoje eu achei isso ai em algum canto, e pensei quantas páginas eu já escrevi um nome, quanto tempo eu me dediquei a esse nome. sonhei com esse nome, sofri por esse nome, me vesti pra esse nome, falei desse nome, menti por esse nome. existi alguns dias só pra esse nome.


não me importo, o tempo foi bem gasto.





[o relogio marca 21:28, milhoes de coisas pra fazer, pensamentos, assunto sério pra resolver, fofoca pra contar. ansiosa pra algum dia que vai chegar logo. querendo responder os trezentos recados da sua amiga querida e sente muito... mais o tempo come sua vida. mais vai responder, vai sim.

de pijama, ouvindo the kooks, pensando como sempre, estudando pro trabalho de história e com a certeza de que quando colocar a cabeça no travesseiro, o nome da última folha do caderno vai aparecer. como ele sempre aparece em toda noites, mesmo que ela tente não pensar, ele aparece. ela odeia esse nome, odeia. mais gosta de quem leva o tal nome. nem tudo são orquideas dona priii]


ouvindo the kooks_i already miss you.


[foto bonita e 'não mamãe,eu não estou apaixonada.não mesmo']

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

red.

Red.
Give you a reason to stay.

(Por Priscila Valéria de Oliveira, 12/11/2008)


Eu pressenti que iria me matar quando sai daquele carro vermelho.

Acordei e não vi a presença dele em lugar algum do apartamento. Corri para a sala, olhei pela janela a rua, nenhum Peugeot 206 vermelho estava estacionado ali. Senti-me tonta, corri para o sofá, deitei de barriga para cima, encarando o teto branco.
Branco, um sofá vermelho, alguns fios de meu cabelo preto em meus olhos. Cores.
Qual seria a cor da aflição?
Encarei o teto, aceitando o fato de que ele nunca ia aparecer... Não,até eu morrer. Não, não o culpe, a culpa foi minha por ter o deixado escapar de minha vida. E eu não entendia o por quê de ter deixado, sou covarde, ligo mais pro passado do que no meu futuro. Apenas com ele eu teria um futuro.
Levantei do sofá, voltando para o quarto, abri o meu guarda-roupa, vasculhei algumas roupas e calçados, achei a combinação perfeita para o dia. Se ele me visse com aquela roupa, provavelmente pensaria que eu estava tentando seduzi-lo. Eu adorava quando ele pensava esse tipo de coisa. Enquanto me vestia e ajeitava o cabelo, comecei a pensar em todas as coisas que ele gostava em mim, as minhas meias de seda, meu pessimismo, meus cabelos molhados, meus olhos verdes e meus lábios vermelhos. As cores que ele dizia que eu emanava, minha voz rouca, todos os meus defeitos, minhas sandálias, meu modo de dirigir, meus cd’s, meus livros, minhas pulseiras, minha perna roçando na dele pela madrugada e o charme que eu tinha quando fumava. Ele gostava de mim, eu sei disso, gostava não! Amava, amava meu jeito, meu sorriso nervoso, meu jeito de mexer nos cabelos, amava a nossa combinação quando estavamos juntos.
Eu queria ligar pra ele mais ao invés disso, corri para a cozinha, peguei uma garrafa de vinho, e comecei a beber, em poucos minutos a garrafa estava vazia. Procurei outra garrafa debaixo da pia e, quando tentei a abrir cortei meu dedo com o abridor. Vermelho sobre o branco.
Fui ao banheiro levando a garrafa, o dedo sangrava muito. No piso branco do banheiro, podem-se ver alguns pingos de vermelho, como neve e bolas de natal vermelhas. Depositei a garrafa em cima da pia, enquanto lavava a mão esquerda. Encarei-me no espelho, e percebi que continuava bonita um pouco magra e abalada mais ainda assim bonita. E sem avisar, comecei a chorar. Era horrível chorar, ainda mais por me sentir culpada por tudo aquilo, como uma pessoa pode gostar de evitar a felicidade? Eu evitava e eu nem sabia por que!
Eu chorei porque eu o amava mais tinha medo de admitir pro mundo isso, porque eu estava ficando velha e não tinha feito tudo o que eu queria, porque eu era cheia de problemas familiares, porque eu era vulnerável a minha própria alma, porque eu não sabia se ainda existia uma alma dentro de mim quando ele estava longe.
Peguei a garrafa de vinho, sentei no chão do banheiro, encostei na parede e comecei a cantarolar um velho hit dos anos 80 que ele gostava. Eu amava tanto ele, tanto. E quando ele me pediu para aceita-lo por completo em sua vida, eu simplesmente sai correndo. E quando nos vimos, eu briguei com ele, inventei coisas que eu não gostava nele mais ele simplesmente não queria ir embora. Ele nunca me deixaria, se eu não tivesse falado o ‘eu não te quero mais’...Ele é tão bom, que mesmo depois de ter jogado aquilo na cara dele, ele respirou fundo e ficou encarando suas mãos que seguravam o volante. O desespero bateu sobre mim, pedi desculpas, o abracei, o beijei...mais nada foi retribuído.
Esperei ele me botar pra fora do carro, me bater...mais ele não fez nada, durante 30 minutos, e pode acreditar, que um dia você terá 30 minutos decisivos para sua vida. E quando ele me olhou novamente, ele apenas disse:
- Me dê um motivo pra ficar aqui.
Quando eu lembrei disso no banheiro, a garrafa de vinho já estava vazia, sentia-me tonta e melancólica. E sabia, que tinha chegado a hora.
Cacei um batom vermelho ali no banheiro, escrevi um bilhete no espelho ‘ele me ama muito, loucamente. Assim, como eu o amei’. Ele entenderia, fiquei imaginando se ele choraria com a beleza da cena.
Passei lápis preto, e ri lembrando que ele não gostava quando eu passava maquiagem, passei do mesmo jeito, passei as mãos pelo cabelo novamente, olhei para mim, meus olhos, meus lábios. Era eu ali, a que pertencia a ele.
Uma garrafa se quebra.

Eu só queria ter dado um motivo para ele ter ficado, mas eu sai pela porta e, nunca mais verei aqueles olhos pretos que me causavam arrepios. Nunca mais serei o que era antes dele, não encontrarei outro amor, nunca mais. Era só, eu, ele e nossas cores.
Era apenas um motivo e eu tinha vários mais eu não dei, covarde. E agora, eu estou vestida com o vestido preto que ele me deu no meu último aniversario, com os cabelos pretos caindo delicadamente nos ombros, os olhos verdes combinando com o preto do lápis, os lábios vermelhos com cheiro da bebida que ele amava, usando a sandália que ele mais gostava, sentada nesse piso branco frio, borrando meu corpo com um vermelho com ar de vida e morte: sangue.
Sem perceber, lhe dou um motivo para ficar: as cores, o vermelho mais lindo que eu poderia lhe dar, a combinação perfeita, entre vermelho, preto, branco e verde.
O motivo era esse: as nossas cores.

Ele ama vermelho e eu o amo.



escrito dia 12/11/2008. baseado em uma menina saindo de um carro para manter-se forte, em uma parcela de raiva,culpa, na chuva desse dia e em death cab for cutie.

[o relogio marca 22:18, exausta, triste, alegre. sentada com as palaras cruzadas, cadernos abertos em cima da cama, a franja cai nos olhos preguiçosos, está sem óculos, sem pulseiras, sem anel, apenas os cabelos soltos e o esmalte vermelho em suas mãos. ouve death cab for cutie, tentando encontrar um motivo para tudo isso. mais está muito cansada, vai deitar, ouvir death cab e acordar diferente. é o que ela espera;uma decisão.]

do mais, stay beautiful.

::deah cab for cutie_a lack of color::

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

eu lembro.

eu me lembro de escadarias, de esquinas mal recortadas e pedras redondas, eu me lembro de você, eu me lembro do dia em que chorei dentro de um ônibus, eu me lembro de uma coisa grande que eu perdi num novembro remoto, eu me lembro de ter acordado de madrugada, aberto a janela e gostado da cor do céu, eu me lembro de coisas que eu queria esquecer, eu me lembro de tudo que eu quero guardar pra sempre, eu me lembro da música que mais me fez bem em tocar no violão, eu me lembro do meu melhor aniversário, eu me lembro daquele dia no parque de diversões, eu me lembro da onda que me arrastou, eu me lembro de ser a mais nova da turma, eu me lembro dos meus primos chegando da maternidade, eu me lembro do meu último natal feliz, eu me lembro da cara do garoto que me assaltou, eu me lembro daquele dia no shopping,cinema,show,praia e bar, eu me lembro quando me mudei para esta casa, eu me lembro de quando consegui essa cicatriz na mão, eu me lembro da minha melissinha vermelha, eu me lembro daquela tarde de domingo, eu me lembro de ter plantado uma muda de árvore, eu me lembro de ter enterrado o passarinho que caiu morto no meu quintal, eu me lembro das noites mal dormidas, eu me lembro dos livros viciantes, de musicas ouvidas mais de três vezes, eu me lembro da tempestade, eu me lembro de quando eu acreditava em amor, eu me lembro das cartas nunca mandadas, eu me lembro do dia em que eu quase engoli uma tampinha de garrafa, eu me lembro de ter passado mal de tanto rir, eu me lembro de ter passado mal de tanto chorar, eu me lembro da primeira ressaca, eu me lembro das sextas em que viviamos juntas com o drama dentro da tv, eu me lembro de todas as bandas que descobrimos, eu me lembro de todos os telefonemas,cartas,abraços, 'eu te amo' e 'boa noite' pelo telefone, eu me lembro das piadas, dos melhores dias de chuvas, eu me lembro das noites em frente ao pc lendo O livro, eu me lembro de ficar feliz ao ler milhões de scraps de uma amiga, eu me lembro de todos os all star, calças jeans e cabelos, das manhãs mais estranhas e escuras, das manhãs mais torturantes,eu me lembro de todos os sofrimentos, de todos os meus textos, músicas e brigas,eu me lembro das férias, eu me lembro de ir ao cinema sozinha,eu me lembro do primeiro cigarro escondido, eu me lembro de ter visto killers na minha frente, eu me lembro da companheira heinecken,eu me lembro de todos os palavrões,eu me lembro do melhor outono da minha vida, eu me lembro de todas as minhas pessoas, eu me lembro de todos os meus medos, eu me lembro da vez em que caí e ferrei o joelho pra sempre, eu me lembro de tudo, principalmente às sextas feiras.

eu lembro.e isso me deixa feliz.


[ o relogio marca 16:24, um pouco estranha, os cabelos presos com um antigo lenço, óculos no rosto, aneis nos dedos da mão direita, não sorri, apenas canta e escreve. pensa no que irá acontecer nos próximos dias, contando dias pra dezembro, contando dias pra domingo. pensa o que irá fazer hoje a noite, que sonhos terá, que sorrisos sairam de sua boca. feliz com a chuva que cai lá fora, vontade de sair lá fora e dançar na chuva. chuva a coisa mais linda no seu mundo. feliz, porque a chuva lá fora vai lavar o que tem de estranho dentro dela.]

::motion city sountrack_fell in love without you::

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

protesto pela delicadeza.


· Que ele venha silencioso, calmo, andando devagar e falando baixo. Que seja acompanhado por rosas, lírios, camélias, girassóis e toda a sorte de flores do mundo. Que o cravo não brigue com a rosa embaixo de uma sacada. Que a rua esteja limpa e que haja mais cores do que cinza. Que as músicas sejam clássicas, chorinhos e roques leves, que não haja gritos, que sejam harmoniosas. Que as lágrimas não venham juntas e que os tambores sejam tocados tão suavemente que quase não sejam ouvidos. Que os bebês parem de chorar para vê-lo passar. Que os abraços não fiquem trancados nas gavetas. Que, por favor, Não haja xingamentos. Que não aconteçam esbarrões, que andem todos sempre prontos para sorrir. Que não falem besteiras, nem asneiras, nem palavras que não devam ser ditas. Que as festas sejam todas com motivos infantis. Que os elefantes comam sem ser interrompidos. Que o sinal não fique vermelho porque não há carros para atrapalhar. Que a raiva sempre passe mais rápido do que o esperado. Que o esperado aconteça. Que esteja sol. Que faça um calor suave e gostoso de sentir na pele. Que os beijos sejam calmos. Que nunca mais haja puxões de cabelo, mordidas agressivas, beliscões e tapas na cara. Que o mar seja limpo. Que não aconteçam mais mortes sem razão. Que os sorvetes sejam coloridos. Que haja beleza em tudo o que for feito. Que o amor realmente jamais acabe.



[o relógio marca 18:43, o cabelo bagunçado não incomoda, a dor de cabeça também não, o msn offline incomoda, a conversa pelo msn incomoda, o e-mail mandado hoje pesa, as risadas dos três dias não incomodam, nem os abraços, nem a ressaca, nem a bebedeira, nem a falta de sol, nem o amanhecer do dia ao lado dos amigos, nem as piadas, nem as músicas, nem a cozinha cheia, copos cheios e vazios, nem as brigas, a volta para a realidade incomoda,a felicidade de três dias não incomoda, nenhum um pouco. Completamente com a barriga cheia, com preguiça, pensando em pensamentos avulsos e muito confuso pra sua idade, um pouco cansadinha. Mais feliz, uma felicidade delicada. Espera uma boa semana, que consiga ir ver ‘How to be’, que consiga não se meter em problemas e não se preocupar com os que já existem].

Do mais, Stay beautiful.


::damien rice_9 crimes versão demo::

Is that alright?Give my gun away when it's loaded.
Is that alright?If you don't shoot it how am I supposed to hold it?